Perversa se inspira em séries como Fleabag e Mindhunter para explorar as complexidades do amor e fugir dos clichês
Como pensar naquilo que chamamos de amor na contemporaneidade, mas fora dos clichês? Difícil, né? Pois este foi o desafio que buscou Mônica Bittencourt e Gustavo Rocha, coescritores de “Perversa”. Eles apostam, no espetáculo, em uma história com doses de humor, cinismo e perversidade
Os autores Mônica Bittencourt e Gustavo Rocha, que também assina a direção, mergulharam em séries como Fleabag, Twin Peaks, Dhamer – Um Canibal Americano e Mindhunter para criar uma dramaturgia que explorasse as complexidades do amor, destrinchando seus aspectos mais belos, patéticos e terríveis. O resultado é uma história com doses de humor, cinismo e perversidade que se afasta dos clichês do tema. O público pode esperar uma alegoria de terror sobre os relacionamentos contemporâneos, refletindo sobre a dificuldade de ser vulnerável e a incapacidade de amar, muitas vezes responsáveis por destruir o próprio amor.
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A personagem principal, Mônica, conduz a narrativa de seus amores e desamores, levando a plateia a questionar a veracidade de sua personalidade, que se desdobra em diversas camadas e mistura realidade e ficção. Com o cenário composto apenas por cadeiras, a arquitetura cênica é construída como um jogo de xadrez.
Para o diretor Gustavo Rocha, a dramaturgia de “Perversa” é como um enigma, um quebra-cabeça que o público é convidado a montar. No entanto, antes que a última peça seja colocada, a história se embaralha novamente e revela um final surpreendente.
“Eu e Gustavo criamos ‘Perversa’ para falar das relações fugazes, da nossa dificuldade de ser vulnerável e trouxemos tudo o que era mais inconfessável para o palco. É quase impossível a plateia não se identificar”, destaca Mônica.
A dupla também buscou inspiração na literatura contemporânea feminina, como as obras da argentina Ariana Harwicz, das americanas Lisa Taddeo e Mary Gaitskill e das brasileiras Carola Saavedra, Fernanda Young, Tati Bernardi e Aline Bei. Em relação aos temas do amor e feminilidade, eles se debruçaram sobre as escritas de Ana Suy e Bell Hooks. Roberto Bolaño e Julio Cortázar também serviram de inspiração.
SERVIÇO:
Onde: Casa de Cultura Laura Alvim (Espaço Rogério Cardoso)
Endereço: Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema
Quando: 29/03 a 20/04
Dia/Hora: quartas e quintas às 19h.
Classificação: 18 anos
Capacidade: 40 lugares
Gênero: comédia dramática
Duração: 80 minutos
Ingressos: R$ 40 inteira/ R$ 20 meia
Instagram: @perversateatro
Ficha Técnica
Atuação: Mônica Bittencourt
Direção: Gustavo Rocha
Dramaturgia: Mônica Bittencourt e Gustavo Rocha
Cenário: Hélvia Bittencourt
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Direção musical: Isadora Medella
Produção: Joana D´Aguiar
Arte Gráfica: Natália Del Neri
Figurino e maquiagem: Diego Nardes
Fotos: Ana Alexandrino/ Bruna Diacoyannis
Assessoria de Imprensa: Lyvia Rodrigues/ Aquela que Divulga