Um projeto desenvolvido por estudantes do ensino médio no Brasil foi destaque em premiação internacional. As alunas Camily Pereira, de 18 anos, e Laura Drebes, de 19 anos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), do Campus Osório, conquistaram o Prêmio de Excelência no Prêmio Jovem da Água de Estocolmo, na Suécia, que equivale ao segundo lugar. Elas foram as únicas representantes brasileiras e receberam o certificado da patrona do prêmio, a princesa Vitória da Suécia. Essa premiação, que reuniu projetos de 36 países, tem o objetivo de reconhecer o trabalho de jovens inovadores.
A pesquisa “SustainPads: Absorventes Sustentáveis e acessíveis a partir de subprodutos industriais”, orientada pela professora Flavia Twardowski, desenvolveu absorventes higiênicos de baixo custo e ambientalmente sustentáveis.
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O Projeto
Camily teve a ideia do projeto quando soube que sua mãe não teve acesso nem mesmo a absorventes convencionais na juventude. A estudante, então, passou a refletir sobre a possibilidade de criar um absorvente, que, além de ecológico, fosse acessível às mulheres em situação de vulnerabilidade. Assim, o projeto surgiu de uma preocupação social que diz respeito à saúde feminina e tem o intuito de contribuir para o combate da pobreza menstrual.
Para desenvolver o absorvente sustentável foram utilizadas fibras da palmeira juçara e do pseudocaule da bananeira, e elaborado um biofilme com resíduos da indústria nutracêutica. O pseudocaule da bananeira é presente no país, por isso foi escolhido pelas pesquisadoras para compor a camada absorvente e substituir o algodão. Com isso, conseguiram elaborar uma alternativa mais barata, ao custo de R$ 0,02, que também reduz o impacto ambiental dos absorventes sintéticos.
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