Mural foi feito com autorização do conselho escolar em Araçatuba (SP). Porém, após repercussão de moradores, a arte será retirada
A ideia era propor uma homenagem a uma ativista negra assassinada pelas milícias no Rio de Janeiro. Assim, uma arte com a imagem da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) foi feita no muro da Escola Estadual Vitor Antônio Trindade, em Araçatuba, interior de São Paulo. Porém, logo que ficou pronta, a imagem começou a receber críticas e gerou polêmica entre internautas e moradores. Após repercussão negativa, o conselho escolar tomou a pior decisão que podia e decidiu apagar a pintura.
Duplo silenciamento
O absurdo da retirada da pintura é que Marielle já foi silenciada em vida, ao ser executada por milicianos cariocas. Isso se agrava, quando pensamos que os executores estão presos, mas os mandantes ainda não. Agora querem silenciar também suas frases, sua imagem, suas ideias. O mais triste é que o mural foi aprovado pelo conselho da escolha. Além da imagem da vereadora, foi colocada a frase: “Quiseram nos enterrar, não sabiam que éramos sementes. Marielle Presente”.
Segundo o G1, o advogado Renan Salviano afirma que ficou sabendo da situação e protocolou um requerimento na Diretoria de Ensino, para tentar reverter a retirada do mural. Ele argumenta, no documento, que a decisão é manifestamente discriminatória, arbitrária e ilegal.
“A Diretoria de Ensino é hierarquicamente superior à escola. Esse requerimento é uma tentativa extrajudicial de tentar barrar a decisão do conselho. Primeiro fazemos a tentativa extrajudicial, demonstrando que não estamos contentes com a decisão”, explicou.
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