A delicadeza das miniaturas contra o horror do holocausto

[Postado por Jornalíssimo]

No dia 27 de Janeiro foi comemorado o Dia da Memória e muitos usaram este dia para recordar todos aqueles que morreram durante o Holocausto, numa data simbólica. Neste dia, em 1945, o mundo assistiu à libertação dos prisioneiros no maior campo de extermínio nazi, o de Auschwitz-Birkenau, no sul da Polônia. Conhecemos das aulas, dos livros de História, dos filmes, o sofrimento por que passaram as vítimas – judeus, homossexuais, ciganos -, submetidas à paranoia de Hitler e do regime nazi, que queria eliminar todos os seres que considerava “inferiores”.

O que realmente viveu quem passou o horror do Holocausto é, contudo, inimaginável. A companhia de teatro holandesa ‘Hotel Modern’ preferiu abordar o tema através de miniaturas. O grupo acredita que, para que um episódio tão triste da História da Humanidade não volte a repetir-se, a melhor arma é “uma interpretação poética” da realidade. E, tal como Roberto Benigni conseguiu tratar o drama vivido por 15 milhões com humor em “A Vida é Bela”, o ‘Hotel Modern’ conseguiu contar a vida em Auschwitz com subtileza e poesia.

Está lá tudo: os caminhos-de-ferro, as barracas frias e precárias onde faltava espaço para tanta gente, a frase “O trabalho liberta” escrita à entrada do Campo, os ensaios clínicos, os trabalhos forçados, a fome, a morte… Está tudo no espetáculo intitulado simplesmente Kamp, que a companhia estreou em 2005, mas que felizmente se pode ver no site do grupo, em filme, durante pouco mais de uma hora, como quem espreita com uns binóculos para o mundo proibido do Campo de Concentração. A beleza das imagens (fotográficas e fílmicas) diz tudo o que poderíamos aqui escrever. Para saber mais da companhia, acesse o site deles aqui e assista ao espetáculo disponível.

Confira as miniaturas:

 Fonte: http://www.jornalissimo.com/artes/506-a-delicadeza-das-miniaturas-contra-o-horror-do-holocausto
 

Related posts

O Cochilo de Deus:  Raïssa Lettiére retrata  família em momentos históricos diferentes após “cochilo” de Deus

“O Cordeiro e os pecados dividindo o pão”: Milena Martins Moura resgata a tradição judaico-cristã pelo viés do prazer da mulher

“O que sei de você”, de Éric Chacour, retrata romance entre dois homens no Egito da década de 1980