Depois de um longo embate judicial diante do legado de Franz Kafka, obras inéditas do autor húngaro são finalmente adquiridas e disponibilizadas pela Biblioteca Nacional de Israel.
A coleção tem textos, páginas de diário e desenhos do escritor, dentre eles um artigo em hebraico sobre uma greve em 1922 de professores em Jerusalém. Apesar de não serem relevantes para a obra literária de Franz Kafka, os documentos podem elucidar o processo do escritor.
Kafka era judeu, e cresceu em Praga durante o Império Austro-Húngaro. Toda sua obra, que foi escrita em alemão, tornou-se conhecida somente após a morte do autor em 1924, devido à publicação póstuma de seu trabalho pelo editor Max Brod. Os arquivos que não foram publicados continuaram nos cuidados de um funcionário de Brod por décadas.
Decisões recentes tomadas pelas cortes de Israel e Suíça permitiram a aquisição de algumas partes do arquivo de Max Brod, como a coleção que agora foi disponibilizada pela biblioteca.
Stefan Litt, curador de ciências humanas da biblioteca, disse que a coleção também inclui desenhos. “Alguns deles são conhecidos, outros não, essa é talvez uma das coisas mais importantes”.
“Todos os escritos de Kafka que temos agora sob custódia serão digitalizados e abertos ao público em todo o mundo”, acrescentou.