Todos os meses, o Nota vai fazer uma espécie de “dossiê” sobre temas complexos do nosso mundo retratados através das lentes do cinema. Este mês o tema escolhido foi CINEMA PALESTINO! 🇵🇸🎥
Desde a Nabka, em 1948, que a história dos palestinos vem sendo sistematicamente silenciada no mundo da informação, comunicação e das artes. Suas tradições, narrativas e histórias estiveram sob um manto da propaganda israelense que impediu a gente de ver o que estava acontecendo por lá. Não temos culpa de não conhecer tanto da história Palestina. Porém, todo dia é dia da gente descobrir uma coisa nova, refletir e ampliar nossas ideias, não é mesmo?
Após a ocupação israelense, a Palestina se viu diante do dilema moderno ocidental dos estados-nações. E foi muito através da literatura e do cinema que uma ideia de uma Palestina baseada na liberdade e na luta por libertação se estruturou.
Para se ter uma ideia, quase nenhum desses filmes chegou a passar por cinemas do ocidente, mesmo tendo feito bastante sucesso na região. Além disso, quase nenhum deles está disponível em plataformas de streaming de forma que tivemos que recorrer à pirataria para assisti-los. Pirataria é crime? Sim, mas mais crime é deixar um povo e sua cultura sendo destruídos por 70 anos sem fazer nada.
O que podemos fazer para ajudar? Contar suas histórias! Confira a lista completa de filmes palestinos
Os enganados (1972)
Os enganados, é um filme de 1972, dirigido por Tewfik Saleh, com elenco de Saleh Kholoki, Abderrahman Alrahy e Thanaa Dibsi. O filme conta a história de três sujeitos buscam atravessar a fronteira até o Kuwait para conseguir uma vida melhor. As três histórias retratam três gerações de palestinos.
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5 Câmeras Quebradas (2011)
5 Câmeras Quebradas traduz a experiência da vida em um território ocupado, onde nunca se é permitida a plenitude, sempre há algo ali para lembrar que uma força, maior, mais equipada e violenta, está pronta para tolher sua existência.
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“The Visit” (1970)
“The Visit” (1970) acompanha um indivíduo que volta ao seu local de origem, onde é recebido por escolta. Mais poesias ditam o ritmo do curta e também modificam os significados e interpretações das imagens que vemos nat tela.
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“O que Resta do Tempo” (2009)
O que Resta do Tempo (الزمن الباقي 2009), de Elia Suleiman, se lança como uma espécie de biografia de sua família através do “conflito” vivido na Palestina a partir de 1948, ano em que o estado palestino foi dividido para “ceder” espaço aos israelenses que viviam na região. Na esteira desses acontecimentos, o então novo estado começa seu massacre, tomando a cada dia um pouco mais do território que, por “direito”, era da Palestina antes de tudo isso.
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“The Urgent Call of Palestine” (1973)
“The Urgent Call of Palestine” (1973) traz a cantora Zeinab Shaath ao violão perguntando “vocês não podem ouvir o chamado urgente da Palestina?” enquanto imagens do povo palestino são apresentadas na tela.
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“Paradise Now” (2005)
Said (Kais Nashef) e Khaled (Ali Suliman) moram próximo à Tel Aviv, uma cidade ocupada por Israel. Não há fanatismo sendo mostrado, uma ideologia agressiva ou violenta. Os dois trabalham em uma funilaria, levam a vida como jovens comuns, com algum desleixo e preguiça. Quando Jamal (Amer Hlehel) convoca a dupla para a missão que estava sendo preparada há dois anos, Said ouve em silêncio. Khaled, ao contrário, parece eufórico.
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“They Do Not Exist” (1974)
“They Do Not Exist” (1974) começa com imagens do cotidiano num campo de refugiados do povo palestino. O título é, obviamente, um questionamento: como podemos dizer que não existem – ou pior, que não importam – as pessoas que acabamos de ver?
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