Sergio Pugliese é jornalista, fundador e apresentador do notório Museu da Pelada, transmitido na TV Max e no Youtube. Com mestrado em chutes de trivela, doutorado em resenhas e pós-graduação em gols no ângulo, Pugliese foi o autor da coluna A “Pelada Como Ela É”, no jornal O Globo, por mais de quatro anos. Agora, o jornalista estreia no universo literário com uma obra que reúne as 50 melhores crônicas (das mais de 200 que foram escritas) ao longo desses anos.
O boleiro profissional se reconhecerá em algumas das crônicas que o jornalista compilou na obra. “Todo mundo já fez alguma loucura para jogar pelada, antecipou um voo, mentiu para o chefe, avançou sinais de trânsito, pegou acostamento, deixou o filho com algum amigo-babá, na beira do campo, enfim, deu um jeito. Essa paixão ensandecida pela bola causa constantes crises conjugais e já resultou até em fuga de presídio”, aponta Sergio. O livro traz textos divertidos, hilários, trágicos, dramáticos, épicos, mas, acima de tudo, verídicos – por mais incrível que possa parecer.
O sucesso do trabalho do jornalista foi tão grande que a ideia inicial da coluna era contar histórias de pessoas anônimas, como os que trocaram o nascimento do filho ou a lua de mel pelo jogo. Mas logo, figuras públicas começaram a telefonar, querendo também lembrar momentos inesquecíveis com o futebol, como Júnior, Zagallo e até João Ubaldo Ribeiro, que ganhou uma página e chamada na primeira página na época.
“Foi uma experiência espetacular, tive a chance de dividir o caderno da Copa com três feras, Marcelo Adnet, Bruno Mazzeo e Pedro Bial durante três meses. Depois segui por quatro anos e meio contando uma história por semana”, conta Pugliese.
Qual a sua crônica preferida?
De todas as crônicas, o autor recomenda como principal “A Fuga”, que narra a história de um jovem que fugiu da cadeia na noite de sábado para o campo de pelada onde jogou bola a vida toda. Dormiu ali mesmo e foi o primeiro da lista de domingo.
De acordo com Sergio, o Museu da Pelada é um desdobramento da coluna A Pelada Como Ela É.
“Quis ampliar o projeto e considero a decisão acertada porque hoje, além das crônicas, salvamos acervos pessoais, doamos material esportivo para escolinhas carentes, organizamos eventos, lançamos livros e muito mais. A ideia do livro é valorizar esse patrimônio, o berço dos craques, além de reforçar um de nossos pensamentos, que é: da pelada viestes à pelada voltarás!”, destaca.
O livro tem 164 páginas e será publicado pela Approach Editora. Estará disponível na Amazon, no Mercado Livre e no site da editora também, além das livrarias Argumento e Travessa.