Em tempos difíceis, estamos todos tentando encontrar novas formas de entendermos o mundo. Mais do que isso, procuramos formar para nos entendermos. Um dos que tem nos ajudado a pensar sobre nossa relação com a vida é o filósofo Leandro Karnal em seu canal no Youtube Prazer, Karnal. Em um vídeo, o professor Leandro Karnal recomendou livros recentes que considera importantes e também compartilha dicas para quem deseja desenvolver o hábito da leitura.
Veja os livros indicados:
1 – “Arendt: Entre o amor e o mal: uma biografia”, de Ann Heberlein

Em Arendt, Ann Heberlein oferece um retrato inédito que trata desde os temas políticos caros à autora que investigou a “banalidade do mal” até sua vida privada, com seus famosos amantes e amigos, incluindo Heidegger, Benjamin, Beauvoir e Sartre. Eis aqui uma Hannah Arendt atemporal, cujo pensamento permanece cada vez mais relevante mesmo meio século depois.
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2 – “Ciberpopulismo – Política e Democracia no mundo digital”, de Andrés Bruzzone

O ciberpopulismo é a combinação eficiente de técnicas de propaganda do século XX com as possibilidades abertas pela tecnologia no século XXI. Como hoje as redes sociais são a praça pública, é desse ambiente virtual que vem o novo na política. E isso inclui o velho populismo repaginado. Replicando a velocidade do avanço tecnológico, o ciberpopulismo já começou a causar alterações estruturais nos países e na geopolítica.
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3 – “Populismo e Negacionismo: O Uso do Negacionismo como Ferramenta para a Manutenção do Poder Populista”, de Uriã Fancelli

Os populistas têm conquistado um espaço de destaque no debate público e cada vez mais ocupado posições centrais de poder. Ao mesmo tempo, o negacionismo surgiu na forma de teorias da conspiração, fake news e da rejeição de fatos que basicamente haviam se estabelecido como parte do senso comum. Em um período em que a segurança em relação a vacinas, ao aquecimento global e até mesmo à esfericidade da terra são questionados, nenhum estudioso havia estabelecido uma relação direta entre esses dois fenômenos, até agora! Este livro não só esclarece as causas e consequências do populismo e negacionismo, mas também faz sugestões sobre como podemos combatê-los nos níveis individual e coletivo.
4 – “O Outono da Idade Média”, de Johan Huizinga

Publicado em 1919, O outono da Idade Média é um dos grandes clássicos da história cultural. Aqui, o medievo é visto na plenitude de seus contrastes, distante do lugar-comum segundo o qual não passaria de uma transição letárgica entre a Antiguidade e o Renascimento.
Neste estudo, o historiador holandês Johan Huizinga utilizou métodos e fontes pouco usuais em sua época para mostrar a vida medieval em sua expressão cultural, artística e religiosa, assim como seus modos de sentir felicidade, sofrimento e afeto.
Entre o passado e o futuro de uma ciência fundada sobre alicerces vacilantes, Huizinga trabalha com as tensões permanentes associadas ao desejo simultâneo de compreender e narrar um período tão rico de nossa história.
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5 – “Sexo no cotidiano: Atração, sedução, encontro, intimidade”, de Carmita Abdo
![Sexo no cotidiano: Atração, sedução, encontro, intimidade por [Carmita Abdo]](https://m.media-amazon.com/images/I/51M4TRfK0QL.jpg)
O conceito de sexo saudável muda com o tempo. O que ontem era aberração, hoje pode ser extravagante, incomum ou até uma forma de ‘apimentar’ a vida sexual e ‘sair da rotina’. O sexo nunca foi 100% binário nas mais diferentes civilizações. Essa realidade nunca esteve tão explícita como a partir da era digital. O sexo sem atração é praticado desde que o mundo é mundo, a serviço de estabilidade, equilíbrio ou ponderação impossíveis de se sustentar se todo sexo exercido sobre a face da Terra fosse movido pelo magnetismo e pelo fascínio.
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6 – “Frederick Douglass: Autobiografia de um escravo”, de Frederick Douglass

Frederick Douglass é um dos homens cuja trajetória pode ser classificada como uma das mais impressionantes da história mundial.
É importante ressaltar que Douglass não é apenas um personagem cuja relevância se reduz à história dos Estados Unidos. Trata-se de um homem cujas ideias e ações possibilitaram uma maior compreensão do mundo em que hoje vivemos e que deixou relatos que nos permitem assistir a como funcionavam as sociedades escravocratas. Na Autobiografia aprendemos, por meio de seu olhar, de que modo as sociedades construídas sobre o trabalho escravo firmaram, a exemplo do que ocorreu no Brasil, um pacto de todos contra os escravizados, pacto este que está na composição das instituições jurídicas, das instituições políticas e na vida cotidiana.” Da Apresentação, de Silvio Almeida
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7 – “Nomadland”, de Jessica Bruder
Nesta reportagem sensível e impressionante, que expõe o fim do “sonho americano”, Jessica Bruder segue as rotas mais usadas dos que trabalham em empregos temporários e conhece gente de todo tipo: um ex-professor, um executivo do McDonald’s, um ministro de igreja, um policial aposentado e veteranos de guerra, entre muitos outros. Inclusive e principalmente sua irrepreensível protagonista/garçonete/caixa de loja de departamento/empreiteira/avó Linda May.
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