Durante a pandemia, o escritor Jesse Andarilho teve a ideia de criar uma biblioteca comunitária num posto desativado da Polícia Militar, pois queria demonstrar a importância dos livros para as crianças. A biblioteca Marginow localiza-se na favela de Antares, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e seu uso foi autorizado pela secretaria do Estado da Polícia Militar, conforme destacado pelo site G1, para o funcionamento temporário de um centro cultural comunitário.
O escritor revelou ao site: “A ideia surgiu porque durante a pandemia as pessoas diziam ‘fique em casa’ e ‘trabalhe em home office’. Mas eu sabia que as pessoas aqui da favela onde eu morava nem televisão tinham. Ficar em casa fazendo o que? Então a gente teve uma ideia de fazer uma biblioteca, usando a parte de fora que é bem arejado, de um posto policial desativado há algum tempo”.
No passado, o espaço era cenário de medo e, atualmente, tornou-se um local de conhecimento e entretenimento para a população.
“Antigamente, isso aqui era um posto policial. As pessoas tinham até medo de passar aqui na frente por conta de tiroteio e tudo mais. Hoje em dia, as pessoas passam mais por aqui porque acham legal essa biblioteca que colocaram para as crianças. Foi bem legal de terem botado isso aqui para as crianças”, relatou uma das moradoras.
O projeto conta com aproximadamente 10 mil livros de diferentes gêneros literários. Além disso, o espaço está sendo revitalizado para abrigar um centro cultural comunitário. O objetivo é estimular atividades como música, dança e esportes e também disponibilizar um lugar de lazer e leitura, principalmente, no período que as escolas não estão em funcionamento.
“A pessoa que não quer praticar esportes, ele vai ler. Ele vai meditar, aprender coisas diferentes. A leitura te traz conhecimento. Muitas vezes, pego meu filho e venho para cá. O pequeninho gosta de bola, é uma área de lazer. Onde, antigamente, era troca de tiro. Era bala para lá e bala para cá”, destacou outro residente da comunidade.
Fonte:
G1