As gravuras estavam escondidas a uns 50 metros abaixo da caverna de Armintxe, que começa no povoado de Lekeitio. Trata-se de uma superfície de 15 metros coberta com uma série de figuras que, junto com as outras figuras nas laterais, formam um total de 50 desenhos, 30 dos quais representam animais.
Uma obra prima pré-história foi descoberta na profundidade de uma caverna do País Basco, no norte da Espanha. Os especialistas estimam que as imagens são as mais impressionantes deste tipo de arte já encontradas em toda a região.
O chefe da pesquisa de Bizkaia, Unai Rementeria, afirma que a recente descoberta foi feita em maio, mas anunciada apenas por esses dias, incluindo superando, também, a impressionante e emblemática Altamira, em termo de beleza estética e valor científico e histórico. Ele descreve a obra como a coleção “mais impressionante” das gravuras antigas, já encontrada na Península Ibérica.
Acredita-se que a obra tem entre 12 mil e 14,500 anos, justamente no final do período paleolítico superior, considerado um tempo de grande desenvolvimento cultural.
Como as representações encontradas em outras cavernas locais, os desenhos incluem bisões, cavalos e cabras, assim como duas figuras que se assemelham a leões. Visto que as representações dos leões são mais comuns entre os Pirineus Franceses, os arqueólogos que estão estudando a caverna sugerem que os grupos caçadores e nômades de ambas as regiões talvez tenham estabelecido contato entre si.
Esta ideia pode ser sustentada pelo fato de que várias das linhas e formas abstratas encontradas em Armintxe são idênticas às encontradas nos Pirineus, como também se pode ver na técnica usada para gravar as imagens na superfície da rocha.
As representações também se destacam por seus tamanhos. Uma imagem de um cavalo, por exemplo, mede 1,5 de largura. Em geral, as gravuras das cavernas na União Ibérica tendem a ter um terço deste tamanho.