No bloco da União Europeia, a Irlanda é a nação que mais demonstra apoio aos palestinos, inclusive, reconhecendo a Palestina como um Estado. No contexto cultural, os artistas não se isentam e levantam a bandeira palestina e, algumas vezes, pagam um certo preço por causa de suas manifestações pró-Palestina Dessa vez, a escritora Sally Rooney – autora de Pessoas normais e Intermezzo — pode ser acusada de terrorismo devido ao seu suporte à ONG Palestine Action (Ação Palestina), classificada como uma organização terrorista pelo Reino Unido.
“Faço tenções de usar estes lucros do meu trabalho para continuar a apoiar o Palestine Action e ação direta contra o genocídio de todas as formas ao meu alcance”
Rooney escreveu um artigo no Irish time e anunciou que tentou doar parte dos direitos autorais, como os royalties que recebe das séries da BBC, emissora a qual adaptou seus livros em série. Essa decisão pode levar a escritora à detenção, já que a ONG foi banida no Reino Unido, de acordo com as leis antiterroristas. A própria BBC foi envolvida no caso, especialmente ao pagar a autora, mesmo sabendo para onde o dinheiro será destinado.
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“Se isso me torna uma apoiadora do terrorismo sob a lei britânica, então que seja assim”… –
O apoio irlandês ao povo palestino deve-se ao fato de ambas as nações compartilharem a experiência do colonialismo. Essa vivência compartilhada “sem dúvida moldou como as pessoas da Irlanda se envolvem com os conflitos pós-coloniais,” destaca Jane Ohlmeyer, professora de História no Trinity College Dublin.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/por-que-a-irlanda-e-a-nacao-mais-pro-palestina-na-europa/

