007
Hoje contando com 24 filmes, a franquia do espião inglês mais conhecido do mundo – o que é muito irônico, não acham, leitores? – teve seu primeiro livro, o Cassino Royale, publicado em 1953, enquanto o primeiro filme Contra o Satânico Dr. No, aquele com o Sean Connery, foi lançado em 1962, quase dez anos depois da data da primeira publicação. Os livros são de autoria de Ian Fleming, e é fácil reconhecer os nomes mais famosos adaptados pelas telonas: Viva e Deixe Morrer, Goldfinger, Moscou contra 007, entre outros. Ao todo, Fleming, lançou um livro por ano no período de 1953 a 1966 – sendo os dois últimos póstumos. Além disso, há traços que diferem muito o Bond convencional, conhecido por nós, com o Bond dos livros, um tanto mais recluso. A meu ver, Daniel Craig tem sido o James Bond que mais se aproxima do personagem de Ian Fleming.
SHREK
Quem nasceu entre os anos 1990 e 2000 conhece esse ogro tão querido que animou muitas tardes de domingo com a família. Arrisco dizer que os próprios pais se divertiam e ainda se divertem com seus filhos ao verem a saga do dono do pântano que se casou com uma princesa, sempre acompanhado pelo Burro falante (ou irritante, mas que todos adoramos). No entanto, poucos sabem que o filme foi baseado num livro ilustrado, chamado, pasmem, Shrek!, de William Steig, publicado originalmente em 1990, quase dez anos antes da sua adaptação. A história possui personagens icônicos como Fiona e Burro, mas conta com diversas diferenças, já que a princesa é uma ogra desde o início e o Burro mal aparece na história. Também se nota as diversas paródias que o filme fez, com a mistura de diversos contos de fadas, dando um tom que destoa bastante do que é trazido pelo livro, mas não diminuindo seu valor para todos nós.
FORREST GUMP
Quanto a esse filme alguns já sabem da existência devido as fortes campanhas publicitárias que a editora Aleph vem fazendo para a divulgação do livro – o que é ótimo para todos nós, apesar de dificultar um pouco a construção dessa matéria… O filme, de 1994, apesar de ser magistral, já que ganhou 6 Óscars, não à toa, difere muito do romance, de 1986, criado por Winston Groom, desde a partes/aventuras do protagonista que foram removidas do roteiro, à traços da personalidade de Forrest que foram distorcidos/alterados e não levados às telonas.
EU, ROBÔ
Eu, Robô é um filme de 2004, baseado no incrível livro de contos de Isaac Asimov, publicado há mais de meio século, em 1950, a história adaptada às telonas manteve apenas as leis da robótica da obra original, do mais, é deveras complicado, leitor, encontrar algo mais que se possa dizer ter sido trazido do livro. Apesar dos pesares, o filme é consideravelmente bom e traz reflexões tanto sobre a questão das leis, quanto da nossa própria humanidade. Vale a pena ver o filme, e ler o livro.
DURO DE MATAR (NOTHING LAST FOREVER)
O filme de 1988, estrelado por Bruce Willis e que deu origem à uma franquia que resiste até os dias de hoje – já que o último filme estava em cartaz ainda em 2013 –, na realidade foi baseado num romance de 1970 do escritor Roderick Thorp, originalmente intitulado Nothing Lasts Forever. O livro é bem adaptado para o cinema, apesar de mudanças consideráveis como o nome e um pouco da personalidade de Joe Leland – que se tornou John McClane – e do fato de ser sua filha, e não sua esposa que ele vai visitar, o clima e o enredo permanecem muito semelhantes e bem adaptado. Vale a pena dar um confere!
O PODEROSO CHEFÃO
Há grandes chances de alguns de vocês já saberem disso, eu admito, mas ainda surge certo estranhamento ao ler que, na verdade, esse filme que é considerado um dos melhores filmes de todos os tempos, não tenha sido uma ideia 100% original. A obra de Mario Puzo, publicada em 69, foi adaptada e dirigida três anos depois por ninguém mais e ninguém menos que Francis Ford Coppola. E é muito fácil esquecer que tal obra prima dos cinemas surgiu de um romance, tendo em vista as 10 indicações ao Óscar e a premiação de 3 dessas indicações, além da grande participação de Puzo na criação do roteiro. Ou seja, pode-se esperar que obra tenha sido muito bem adaptada – mas isso não quer dizer que uma seja idêntica a outra, vide o exemplo acima, de Duro de Matar.
O SILÊNCIO DOS INOCENTES
Tá aí um título que muitos conhecem pelos filmes, estrelados, principalmente, por Anthony Hopkins, e outros pela recente série que veio abalando corações, Hannibal, com Mads Mikkelsen. Mas poucos sabem que, na realidade, o primeiro livro de nome O Dragão Vermelho, teve sua primeira publicação em 1981, sete anos antes do segundo livro O Silêncio dos Inocentes, enquanto sua adaptação foi lançada em 91, dez anos depois. Se você curtiu todos os filmes já lançados e ficou chateado com o cancelamento recente da série, lhes dou uma nova chance de ficar próximo desse personagem tão icônico!
A HISTÓRIA SEM FIM
Muitos dos jovens que nasceram no fim do século passado já assistiram e se emocionaram com esse filme. Sua história tocante crava na mente de todos que o assistiram uma sensação quase catártica. Com personagens únicos e memoráveis, a História sem fim estreou na Alemanha em 84, enquanto seu livro de origem foi publicado em 79.
Leitor, está esperando o que para encomendar já o seu?!
BLADE RUNNER
Blade Runner é um filme de 1982, dirigido por ninguém menos que Ridley Scott e, além de ser um ícone do cinema, voltou a ganhar as telas por causa da sua sequência, Blade Runner 2049, que estreia ainda esse ano. O que nem todo mundo sabe é que o filme na verdade foi levemente baseado num romance de Phlip K. Dick “Androides sonham com ovelhas elétricas?”, publicado em 1968, quase 15 anos antes da sua adaptação. O livro conta com conflitos diferentes e vários elementos que foram excluídos durante a mudança de plataforma.
EMBALOS DE SÁBADO À NOITE
O clássico filme estrelado por John Travolta, que estreou em 1977, na verdade não foi uma ideia totalmente autêntica, no entanto, também não fora baseada em um romance, ou um conto, tampouco um livro: na verdade, a história foi inspirada por um artigo publicado um ano antes no New York Magazine e, infelizmente, é muito difícil de se encontrar o artigo que deu inspiração a esse filme tão icônico.