O projeto criado pela neta e pelo sobrinho-neto de Vinícius de Moraes, Júlia Moraes e Marcus Moraes, reúne mais de 11 mil documentos originais do artista ao longo de sua carreira.
No fim da década de 1980, o material foi doado pela família do artista ao Arquivo-Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, e agora foi totalmente digitalizado.
O acervo digital surgiu com o objetivo de disponibilizar a obra para informação e pesquisa, democratizar o acesso e preservar a memória da cultura brasileira. Ele está dividido em três partes: correspondências pessoal e familiar, produção intelectual e documentos diversos.
Nas correspondências, há cartas, cartões e telegramas de nomes da literatura, da música e do cinema como Baden Powell, Carlos Lyra e Tom Jobim, além de amigos como Gabriela Mistral e Pablo Neruda.
Na produção intelectual, mostra a versatilidade do artista: poesia, textos em prosa, artigos, peças, letras de música, shows, roteiros de cinema, discursos, entrevistas e traduções.
“Você entende que esse processo não é só feito de acertos. Existe uma busca e um empenho muito grande dele nesse encontro da palavra perfeita. Dessa simplicidade poética”, destaca Julia Moraes, neta de Vinícius, ao site.
Além disso, há mais de 260 letras de músicas como Insensatez, Chega de Saudade, Canto de Ossanha (quatro versões), Canção do Amanhecer (nove versões) e Tarde em Itapoã.
“Me lembro que uma vez cheguei na casa dele e ele estava olhando o quintal dele lá na Bahia, e tinha um pavão, um peru, um gato e um cachorro. Aí ele olhou assim para mim e falou: Olha, Toquinho, estou aprendendo mais com esses bichos, com a harmonia que eles têm, do que com toda humanidade que conheci”, conta Toquinho, amigo e parceiro musical.
Neste vídeo, Toquinho revela detalhes sobre o processo de criação da letra de Regra Três:
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