Publicado em 1964, Folhas da Oliveira marca o início da trajetória de Mahmud Darwich, então com apenas 23 anos, e é considerado um marco inaugural na poesia palestina. A obra consolidou a reputação do jovem poeta como uma das vozes mais potentes e representativas de sua cultura, lançando as bases para sua consagração como ícone da literatura universal.

O título do livro carrega um simbolismo profundo: a oliveira, árvore ancestral da Palestina, representa a conexão com a terra, a permanência, a cultura camponesa e a identidade coletiva de um povo. Suas “folhas” são metáforas para fragmentos de memória, pedaços de uma pátria fragmentada, mas que resiste e se mantém viva por meio da linguagem poética.
Por que ler literatura palestina?
Em seus versos, Darwich entrelaça o íntimo e o político, uma característica que se tornaria a marca de sua obra, expressando tanto a dor quanto a esperança de um povo em luta. Com uma poesia direta, de vocabulário acessível e intensa carga emocional, Folhas da Oliveira fala diretamente ao coração do povo palestino.
Muitos de seus poemas transcenderam as páginas, sendo musicados e transformados em hinos populares de resistência, que ecoam até hoje como símbolos de luta e identidade. Folhas da Oliveira é uma leitura essencial para quem deseja compreender o nascimento da voz poética de Mahmud Darwich e o início de sua jornada como um dos maiores poetas do século XX.
A obra não apenas reflete a experiência palestina, mas também toca em temas universais de memória, resistência e pertencimento, firmando Darwich como uma figura central na poesia mundial.
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Quem é Mahmud Darwich?

Mahmud Darwich foi um poeta e escritor palestino, considerado um dos maiores nomes da literatura árabe contemporânea. Tantas vezes exilado, preso e refugiado, Darwich tinha forte engajamento político, sendo o autor da Declaração de Independência Palestina.
Nascido (1941) em um vilarejo na Palestina, à época do Mandato Britânico, era o segundo dos oito filhos de uma família sunita de proprietários de terras. Sua vila foi inteiramente arrasada pelas forças israelenses durante a guerra de 1948, sendo substituída pelo colonato agrícola judaico de Ahihud.
Na obra de Darwich, além da dor do exílio, a Palestina aparece como metáfora do “paraíso perdido”, nascimento e ressurreição. A potência de sua poesia se revela pela sinceridade de suas emoções e originalidade de suas imagens poéticas. Darwich faz uso do velho e do novo testamentos, da literatura clássica Árabe, da história da Arábia Islâmica e das mitologias grega e romana para construir suas metáforas.

