O documentário produzido pela Globoplay em homenagem aos 95 anos da atriz, intitulado “Tributo a Fernanda Montenegro”, apresenta a vida e os 75 anos de carreira de um dos maiores ícones da dramaturgia brasileira. Para isso, o documentário revisita a trajetória profissional da artista e percorre momentos da sua atuação no teatro, novelas, séries e filmes. Além das curiosidades exibidas, reunimos outras divulgadas, uma oportunidade para conhecer um pouco mais ou relembrar alguns fatos marcantes. Confira:
1.Nome: Descendente de portugueses e italianos, a atriz nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro. Seu nome de batismo é Arlette Pinheiro Esteves da Silva. Arlette é inspirado numa atriz francesa que sua mãe admirava, Arlette Marchal. No decorrer do tempo, adotou o pseudônimo Fernanda Montenegro, Fernanda por ser um nome popular no século XIX; e Montenegro, que foi um médico que atendia sua família.
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2. Locutora: Aos 15 anos de idade, inscreveu-se num concurso como locutora na então Rádio Ministério da Educação e Saúde, atual Rádio MEC. A jovem ganhou o concurso e passou a atuar no projeto chamado “Teatro da Mocidade”, voltado a despertar o interesse de jovens talentos para atuar em radionovelas, sendo o seu primeiro emprego. Seu primeiro papel como radioatriz foi numa obra de Cláudio Fornari, denominada Sinhá Moça Chorou, interpretando Manuela. Arlette permaneceu na emissora por dez anos, inicialmente como locutora e depois como atriz. Passou a integrar um grupo de teatro amador que funcionava ao lado da Radio MEC e participou da peça “Nuestra Natascha”, interpretando sua primeira personagem, Cassona.
3. Professora: Concluiu o curso de secretariado Berlitz, que compreendia inglês, francês, português, estenografia e datilografia. Alguns anos mais tarde, lecionou português para estrangeiros no mesmo curso, uma forma para se manter, já que o trabalho no rádio nem sempre era remunerado.
4. Casamento: Foi fundadora do Teatro dos Sete, em 1959, ao lado do marido, o ator e diretor Fernando Torres, falecido em 2008, com quem foi casada por 55 anos. No trabalho, foram 60 anos de parceria. O casal teve dois filhos: Fernanda e Cláudio Torres.
5. Família: Seu avô trabalhou como artesão durante a construção do Teatro Municipal, de 1905 a 1909.
6. Televisão: Foi para a televisão em 1950, na estreia da TV Tupi, sendo a primeira atriz televisiva contratada.
7. Trabalho: Foi convidada para interpretar Nossa Senhora em uma produção da Via Crúcis em 1971, mas preferiu um papel menor.
8. Ditadura: No período da ditadura militar, a atriz recebeu ameaças por telefone, além disso, Fernanda e o marido sofreram um atentado em casa. O casal foi surpreendido com uma bala que entrou pela janela do quarto.
9. Teatro: Ela descarta o título de “grande dama da dramaturgia brasileira”, como costuma ser referenciada, já que se considera uma mulher do teatro.
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10. Indicação: Foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 1999 pelo papel de Dora em “Central do Brasil”, de Walter Salles, longa que também foi indicado na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira.
11. Emmy: Em 2013, Fernanda tornou-se a primeira atriz latino-americana a ganhar um Emmy. Ela venceu pela interpretação de Dona Picucha em Doce de Mãe, programa exibido como especial de fim de ano da Globo, em 2012.
12. Livro: Quando completou 90 anos, Fernanda publicou um livro de memórias, “Prólogo, ato, epílogo” (2019), pela Companhia das Letras.
13. Academia: Em 2022, tomou posse na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 17.
14. Guinness: Em 2024, recebeu o certificado de recorde mundial de maior público em leitura filosófica premiado pelo Guinness World Records. O destaque ocorreu por uma apresentação no parque do Ibirapuera, em São Paulo, no dia 18 de agosto, quando mais de 10 mil pessoas se reuniram para a leitura do livro “A Cerimônia do Adeus”, de Simone de Beauvoir.