“A história de um povo é também a história de seus fantasmas, visagens e assombrações; dos monstros que um dia nasceram – sim, os monstros nascem – e que podem perfeitamente morrer. Para isso basta, às vezes, que deixemos de acreditar neles.” (Luiz Antonio Simas)
SINOPSE
A Onça Cabocla, o Curupira, o Come-língua, a Mula sem cabeça, o Boitatá, a sereia Uiara, espíritos de mortos, o Velho do saco, a Loira do banheiro… Tais monstros e visagens fazem parte de um grupo de assombrações, das quais sentimos, escutamos, não vemos, mas nos pelamos de medo!
É sobre esse conjunto fantástico de criaturas que o historiador Luiz Antonio Simas escreve em seu novo livro, Bestiário brasileiro: monstros visagens e assombrações, nos convidando para um passeio pelo imaginário popular no cruzamento do folclore, da lenda, do mito e das superstições.
“Admito ter escrito este livro pensando especialmente nos jovens hipnotizados pelas telas dos celulares e pelos games, cada vez mais distantes das experiências que podem ser vividas nas ruas, as alegrias e os medos diversos que a vida ao vivo e em cores podem nos trazer. O Brasil pode ser tão divertido, fantástico e assustador quanto o mais emocionante jogo de ação passado nos tempos dos vikings ou samurais. E muito mais”, escreve o historiador na apresentação da obra.
Foram dois os critérios para a escolha dos “personagens” do livro, segundo um autor: um histórico, levando em conta a sua presença na cultura oral, em livros e relatos sobre o Brasil (desde 1500, ele enfatiza); e o outro afetivo, sobre os monstros que assombraram a sua infância. “A Loura do Banheiro, o Homem do Saco, o Bebê Diabo e o Cangaceiro Degolado, que assustou a minha avó quando ela era menina, em Alagoas. São, em sua maioria, monstros urbanos, ao contrário do fabulário em que o extraordinário quase sempre habita o ambiente rural”, conta.
Feito para fascinar – e assombrar – leitoras e leitores de todas as idades, este livro é um mergulho no sobrenatural e uma jornada pelas profundezas das brasilidades, onde o extraordinário encontra o cotidiano, e as sombras contam as histórias das gentes do Brasil – seus medos, seus sonhos, suas crenças e sua imaginação.
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“Eu continuo tendo medo de assombrações. Não sei se acredito em fantasmas e monstros, mas acredito em quem afirma ter visto e relata a experiência com detalhes e convicção. Por via das dúvidas, toda noite ainda mantenho alguma luz da casa acesa – e aconselho que as leitoras e os leitores, nem que seja por precaução, façam o mesmo.” Luiz Antonio Simas
SOBRE O AUTOR
LUIZ ANTONIO SIMAS é historiador, professor, escritor e compositor. É autor de diversos livros de história e cultura popular, como Dicionário da história social do samba (2015), escrito com Nei Lopes, vencedor do Prêmio Jabuti 2016 na categoria Livro de Não Ficção do Ano; O corpo encantado das ruas (2019), Umbandas: uma história do Brasil (2021) e Crônicas exusíacas e estilhaços pelintras (2023). Pela Bazar do Tempo, publicou Almanaque Brasilidades: um inventário do Brasil popular (2018), Arruaças: uma filosofia popular brasileira (com Luiz Rufino e Rafael Haddock–Lobo) (2020) e Santos de casa: fé, crenças e festas de cada dia (2022). Em 2014, por serviços prestados à cultura do Rio de Janeiro, recebeu o conjunto de medalhas da comenda Pedro Ernesto, conferido pela Câmara Municipal.
SOBRE AS IMAGENS
As ilustrações do livro são da artista Bárbara Quintino.
Bestiário brasileiro: monstros, visagens e assombrações
Luiz Antonio Simas
Categorias: folclore; ficção brasileira
Formato: 14x19cm
Número de páginas: 192
ISBN: 978-65-85984-22-5
Projeto gráfico: Daniel Justi
Ilustrações: Bárbara Quintino
Preço: R$ 84,00
Lançamento: 09/12/2024
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