Recentemente, o The New York Times divulgou uma lista com os 100 melhores livros do século XXI de acordo com um grupo de mais de 500 pessoas. Dentre elas, escritores, críticos, jornalistas e amantes da leitura em geral. Cada um escolheu 10 livros seguindo seus próprios parâmetros. A única regra era que os livros em questão tivessem sido publicados nos Estados Unidos, em inglês, a partir do ano 2000.
É uma lista como qualquer outra. E como qualquer lista reflete principalmente o lugar e o tempo do qual partem seus elaboradores.
Nós aqui do Nota aproveitamos a oportunidade para fazer uma lista própria, mas numa brincadeira muito mais cruel. Cada um dos participantes pôde escolher APENAS um livro. A regra era ele ter sido publicado no Brasil a partir do ano 2000. Alguns escolheram seus favoritos, outros optaram por livros que eles acreditam terem ajudado a moldar a literatura que temos até aqui, outros simplesmente fizeram uni, duni, tê e provavelmente todo mundo já mudou de ideia.
De qualquer forma, nossa lista está em ordem alfabética:
A amiga genial, Elena Ferrante, com tradução de Maurício Santana Dias (Biblioteca Azul, 2015), escolhido por Dáleth Costa;
A guerra não tem rosto de mulher, Svetlana Aleksiévitch, com tradução de Cecília Rosas (Companhia das Letras, 2016), escolhido por Larissa Natalia Silva;
A mais recôndita memória dos homens, Mohamed Mbougar Sarr, tradução de Diogo Cardoso (Fósforo Editora, 2023), escolhido por Sofia Laura;
A Marca Humana, Philip Roth, com tradução de Paulo Henriques Britto (Companhia das Letras, 2002), escolhido por Luiz Ribeiro;
As Intermitências da Morte, José Saramago (Companhia das Letras, 2005), escolhido por Letícia Brito;
Caim, José Saramago (Companhia das Letras, 2009), escolhido por Angélica Cigoli Frangella;
Calibã e a bruxa: Mulheres, corpo e acumulação primitiva, Silvia Federici, com tradução do Coletivo Sycorax ( Editora Elefante, 2017), escolhido por Babi Kosloff;
Holocausto brasileiro, Daniela Arbex (Geração Editorial, 2013), escolhido por Susana Reis;
Nossa parte da noite, Mariana Enriquez, com tradução de Elisa Menezes (Intrínseca, 2021), escolhido por Bia Fonseca;
O amor dos homens avulsos, Victor Heringer (Companhia das Letras, 2016), escolhido por Laylah Coêlho;
O filho de mil homens, Valter Hugo Mãe (Biblioteca Azul, 2011), escolhido por Ana Cristina;
O parque das irmãs magníficas, Camila Sosa Villada, com tradução de Joca Reiners Terron. (Tusquets, 2021), escolhido por Ariane Moraes;
O Avesso da Pele, Jeferson Tenório (Companhia das Letras, 2020), escolhido por Amanda Leonardi;
Poemas, Wislawa Szymborska, com tradução de Regina Przybycien (Companhia das Letras , 2011), escolhido por Luisa Bertrami;
Sobre os ossos dos mortos, Olga Tokarczuk, com tradução de Olga Bagińska-Shinzato (Todavia, 2009), escolhido por Carol Cecin;
Um Cavalheiro em Moscou, Amor Towles, com tradução de Rachel Agavino (Intrínseca, 2018), escolhido por Clarissa Desterro;
Um defeito de cor, Ana Maria Gonçalves (Record , 2006), escolhido por Fernanda de Moraes;
Véspera, Carla Madeira (Record, 2021), escolhido por Luíza Fernandes.