Primeiramente, temos que dizer que a leitura é fundamental na formação dos alunos. Assim, cabe a pergunta: devemos fazer um jovem ler Machado de Assis e seus clássicos Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás e outros nas escola? Essa pergunta vem inquietando muitos pais e professores da nossa geração. Antigamente, a resposta era simples: o aluno precisa aprender até o que não entende. Mas, hoje em dia, evoluímos para entender que o mais importante é o aprendizado que transforma, não aquele que acumula.
O professor Leandro Karnal respondeu em um post do Facebook a essa questão: Devemos forçar um jovem a ler Machado de Assis na escola? Veja a sua resposta aqui.
“Machado é um gênio, talvez o maior na prosa. É bom forçar um adolescente a ler Dom Casmurro para fazer uma prova? Acredito que isto precisa ser muito debatido. A diferença entre remédio e veneno é a dose. Como professor e amante da obra de Machado, eu diria:
a) primeiro textos curtos e sedutores;
b) avaliar idade e maturidade de cada turma;
c) preparar o ambiente e trabalhar, talvez, O Alienista ou um conto curto;
d) valorizar mais a ideia e as ironias, um pouco menos as personagens em uma avaliação. A questão está na gradação, no método, no prazer e na capacidade crítica.
Eu começaria mostrando uma imagem tradicional de Machado “ embranquecido” e o Machado real e perguntaria: “ por que o gênio foi mudado na aparência?” Talvez, preparando o Alienista, lançaria o debate: “quem é louco para vocês”? Dar uma obra densa, explicar que é realista e marcar uma prova é o caminho para despertar a raiva ou o tédio…
De novo: ensinar alunos jovens é um desafio gigantesco.”
E aí, você o que acha?
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