Biblioteca instalada dentro de cemitério em São Paulo é despejada para abrigar novos túmulos

A biblioteca comunitária Caminhos da Leitura, que funciona dentro do Cemitério de Colônia, em Parelheiros, zona sul de São Paulo, atua há quase 10 anos, possui cerca de 5 mil obras e promove atividades culturais e sociais para a comunidade. Confira a matéria publicada AQUI.


O espaço foi cedido desde 2012, de forma temporária, pela Associação Cemitério dos Protestantes (Acempro). No entanto, este ano foi solicitado que a biblioteca desocupe o local até o dia 31 de dezembro, pois a instituição pretende utilizar o lugar para ampliar o número de túmulos.

Enquanto não encontram um lugar disponível, os coordenadores criaram a campanha “Eu (a)guardo a Biblioteca Comunitária Caminhos da Leitura”. A biblioteca distribui sacolas com 10 livros para que os moradores sejam os guardiões dos livros.

“Livro encaixotado não tem função cultural ou educacional. Ele só ganha vida quando faz parte da vida e do dia a dia das pessoas. Com essa proposta, a gente quer criar o sentimento de que a biblioteca pertence a todo mundo e precisa ser abraçada pela comunidade”, afirmou Sidinéia Chagas, uma das gestoras da biblioteca.

 

Temporariamente, a sede administrativa da biblioteca ficará em dois cômodos, distante 3 Km do local anterior, até conseguirem um espaço definitivo. O Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac) vai contribuir no pagamento do aluguel.

De acordo com os coordenadores, a Cooperativa de Agricultores Orgânicos de Parelheiros (Cooperapas) doou parte de seu terreno para que a nova biblioteca seja construída. Porém, para que o projeto seja viabilizado precisam captar recursos e contar com a ajuda da comunidade e de parceiros para que ele se concretize.

“A biblioteca é dos poucos equipamentos de encontro, cultura e capacitação que a gente tem nesse território. E vamos fazer de tudo para que ela continue presente e ajudando os moradores daqui. Conforme a campanha vai caminhando, iremos planejando as estratégias e captação junto com todo mundo”, relatou a coordenadora.

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