Cantora vai ocupar a Cadeira 18, antes ocupada pelo historiador e professor Waldir Freitas Oliveira, que morreu em junho
A cantora baiana Maria Bethânia, de 75 anos, foi eleita a mais nova imortal da Academia de Letras da Bahia (ALB).
Bethânia vai ocupar a Cadeira 18, até então ocupada pelo historiador, ensaísta e professor Waldir Freitas Oliveira, que morreu no dia 17 de junho deste anos, aos 92 anos. Ela será a 5ª titular da cadeira que tem como patrono o advogado Zacarias de Góes e Vasconcelos.
O que levou Bethânia a cadeira?
Como se sabe, Bethânia é uma grande defensora e divulgadora da poesia. Em todos os discos e shows, ela faz questão de entremear música com textos, de modo a dar a conhecer – e ouvir – grandes clássicos da literatura brasileira e mundial. Isso foi usado como justificativa para a ALB eleger a cantora baiana pra cadeira.
Segundo a nota, ela foi eleita por ser “uma defensora das letras”, e “divulgar em seus espetáculos as obras de nomes como Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Sophia de Mello Breyner Andresen, Guimarães Rosa entre outros.”
Além disso, a Academia de Letras da Bahia ainda destacou que Bethânia “escreveu e divulgou textos de sua própria autoria, tendo pontuais incursões na composição”.
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A sua obra Omara & Bethânia – Cuba & Bahia
Bethânia é autora do livro Omara & Bethânia – Cuba & Bahia, livro que acompanhou o DVD de mesmo nome, que registrou o encontro da baiana com a cantora cubana Omara Portuondo.
Estabelecendo uma relação entre Brasil e Cuba, o livro reúne olhares e reflexões sobre estes dois países tão singulares e tão próximos, em muitos sentidos. Participam do livro, além das duas artistas: Arnaldo Antunes, Frank Pádron, Lya Luft, Mônica Waldvogel e Nélida Piñon. O encontro de Maria Bethânia e Omara Portuondo é um momento raro e impõe os registros da posteridade que as duas artistas já representam. Dessa forma, o livro será acompanhado pelo DVD do show.
Entre as poucas composições de Bethânia estão canções como Trampolim, Luz da Noite, Pássaro Proibido e Caras e Bocas, todas em parceria com o irmão Caetano Veloso. Além de Carta de Amor, com Paulo César Pinheiro e outras duas composições com Rosinha de Valença, Cana Caiana e Reino Antigo.
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