O dia das mães é uma das datas mais celebradas do nosso calendário. Em tempos de pandemia, tentamos de todas as formas cuidar de nossas mães para que elas tivessem uma vida de menos sofrimento isoladas da gente. Foram as mães que, enquanto éramos crianças, cuidaram, amaram e trataram de nos tornar as pessoas que hoje somos. Na literatura, não foi diferente: as mães tem um papel essencial na construção e no desenvolvimento das histórias, sendo parte marcante da proteção e dinâmica das narrativas.
O NotaTerapia separou as 10 melhores mãe da literatura mundial!
1- Ursula, de Cem Anos de Solidão – Gabriel García Marquez
Esta talvez seja a grande mãe da literatura. Cem Anos de Solidão conta a trajetória de uma família por diversas gerações, Úrsula é uma das principais personagens e uma das poucas que se fazem presentes em quase toda a obra. É uma figura matriarcal importantíssima e que deixa qualquer leitor feliz por conhecê-la.
2- Sinhá Vitória, de Vidas Secas – Graciliano Ramos
Entre as grandes mães da literatura, a mulher do sertão está muito bem representada nessa obra clássica da literatura brasileira. Graciliano Ramos construiu uma mulher forte e diferente do que se espera de um romance escrito no início do século XX. Por meio da personagem Sinhá Vitória, vamos visitar as difíceis relações sociais e a degradação humana.
Veja curiosidades sobre a vida de Graciliano Ramos aqui!
3- Sra. Ramsay, de Ao Farol – Virgína Woolf
A Sra. Ramsay é uma das personagens mais fortes que Virginia Woolf criou. Uma obra que é muito biográfica, que mostra essa mãe tentando gerir uma casa cheia de figuras tão diferentes, a Sra. Ramsay é quase como a liga, o ponto de contato, aquela que une as pontas da histórias. Além da carga dramática que a personagem dá à obra, Sra. Ramsay é considera por muitos críticos como a representação da mãe da própria autora.
4- Sra. Bennet, de Orgulho e Preconceito – Jane Austen
Essa é uma mãe que causa muita raiva. É uma excelente, mãe, mas obviamente deixa o leitor muito nervoso, aquele famoso ranço, embora a gente sinta muita empatia pela Sra. Bennet. A ânsia da sra. Bennet de casar suas filhas com homens ricos acaba atrapalhando e ajudando ao mesmo tempo, não é mesmo?
5- Molly Weasley (Harry Potter) – J. K. Rowling
Quem foi jovem enquanto leu Harry Potter sempre teve a Molly como uma referência de mãe. Uma mãe maravilhosa em todos os aspectos, amorosa, feliz, bonita. Quase perfeita, né? Além disso, cozinha, faz tricô e, nas horas de folga, ajuda a matar as bruxas do mal. Uma mãe exemplar!
6- Ifeoma, de Hibisco Roxo – Chimamanda Ngozi Adichie
Ifeoma não é uma personagem principal. Na verdade, é a tia da protagonista da história. Esta menina de pai religioso cujo fanatismo a leva o leva a momentos de violência. Um desespero que passa por ela e chega até a gente. A tia Ifeoma é um respiro, uma esperança, É a força e a coragem para enfrentar o irmão, também fanático, a sociedade e o seu próprio trabalho como professora.
7- Rosa Hubermann, de A Menina que Roubava Livros – Markus Zusak
Rosa Hubermann é a mãe adotiva de Liesel Meminger, e mesmo sendo muito severa e exigente, a personagem nos mostra que faz de tudo para proteger e cuidar de sua família. Ela não parece muito acolhedora, a princípio, mas faz o que faz por amor. Afinal, o amor de mãe é aquele que a gente nem sempre entende de primeira, né? Embora seu lado mais afetuoso fica em segundo plano, Rosa certamente ama a Liesel Meminger, seu marido e faz de tudo por eles.
8- Laila e Mariam, A Cidade do Sol – Khaled Housseini
Esta dica a gente pegou no blog Sentimento do Leitor que lembra que, no caso, apenas uma delas gerou uma criança, embora ambas mereçam ser citadas. Laila e Maria, no fim, passaram por abusos físico, mentais, tiveram sua liberdade roubada e mesmo assim elas foram capazes de criar duas crianças com todo o amor e afeto. Além disso, sobreviveram a guerra. Sem dúvidas, elas são um exemplo e algumas das personagens mais fortes da literatura mundial.
9- Mãe, de O Quarto de Jack – Emma Donoghue
O Quarto de Jack nos conta a história de um sequestro pela visão de uma criança. A gente entra em contato com a história de uma jovem que foi sequestrada ainda muito jovem e mantida em cativeiro desde então. Nesse cenário, ela teve um filho de seu estuprador, que mais tarde foi chamado de Jack. Essa mãe, que não tem nome e é simplesmente “a mãe” é um grande protagonista na defesa de seu filho. E, apesar de todas as condições do nascimento de Jack, ela protege e cria o seu filho em um mundo fantasioso para minimizar seu sofrimento.
10 – Carolina de Jesus, de Quarto de Despejo
Carolina é dessas mães que faz de tudo para dar uma vida digna para suas filhas. Mas a vida está muito além de conseguir. Ela fez de tudo e, de certa forma, conseguiu a partir da escrita. Carolina teve três filhos – Vera Eunice de Jesus, José Carlos de Jesus e João José de Jesus. João morreu pouco depois da mãe, sem deixar herdeiros. Vera Eunice, a única filha viva da autora, é a principal responsável por gerir o nome e a obra da mãe. José Carlos faleceu em 2016, deixando 4 filhas que, hoje, vivem uma vida parecida com a da avó. Carolina é uma das mães mais importantes porque mostra que todo esforço, às vezes, fica sufocado pelo racismo estrutural e pela desigualdade social.
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11- Minha mãe é uma peça, de Paulo Gustavo
Em sua estreia na literatura, Dona Hermínia — ou melhor, Paulo Gustavo, seu criador — fala sobre sexo, dietas e religião, dá conselhos de como criar os filhos, explica a antipatia que tem por Freud e sua “mania de colocar tudo que é culpa na mãe”, mostra como navegar na internet e faz seu guia de viagens. E, ao contrário dos manuais que ensinam como segurar o marido, conta os segredos para não perder o ex.
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