Desde 2015, a American Society for Microbiology (Sociedade Americana de Microbiologia), localizada em Washington, nos Estados Unidos, realiza anualmente o concurso Agar Art. O concurso convida profissionais do ramo para criar arte em ágar (substância gelatinosa) com a utilização de qualquer tipo de micróbio em placas de petri (recipiente usado em laboratório para a cultura de microorganismos). Esse objeto acaba desempenhando a função de tela para compor as peças.
Conheça as três obras vencedoras em 2017:
1º lugar – Com a peça Sunset at the End, a microbiologista Jasmine Temple, que trabalha no laboratório do Centro Médico Langone da NYU, ganhou o primeiro lugar, utilizando pequenas gotas de fermento em uma placa de ágar. A inspiração, segundo Temple, surgiu ao observar o pôr do sol sobre Montauk e imaginar o colorido do céu em cepas de levedura rosa, azul e roxo. O processo criativo envolveu tecnologia e algoritmos para chegar aos pigmentos desejados.
2º lugar – Com o trabalho Finding Pneumo: Starring Klebsiella pneumoniae, de Linh Ngo, que trabalha como tecnóloga de microbiologia em Ontário, no Canadá, conquistou o segundo lugar. O amor de seus filhos pelo filme Procurando Nemo (Finding Nemo, 2003) inspirou sua pintura microbiana de coral. Para obter uma aparência texturizada do coral, ela usou Candida tropicalis, uma cepa patogênica de fermento que pode causar infecções fúngicas quando manipuladas incorretamente. Além disso, foram utilizadas Serratia marcescens (roxo), Staphylococcus aureus (rosa e um pouco verde), Candida tropicalis (branco) e Klebsiella pneumoniae (cinza).
3º lugar – A obra Dancing Microbes, de Ana Tsitsishvili, estudante de graduação da Universidade Agrícola da Geórgia, nos Estados Unidos, obteve o terceiro lugar, porém foi a campeã de acessos no site e de alcance nas publicações em mídias sociais da revista The Scientist. Na sua obra, o micróbio comum da pele Staphylococcus epidermidis é responsável pela cor branca; com Rhodotorula mucilaginosa, comum no leite, solo e ar, fez o rosa; com Micrococcus luteus, frequentemente encontrado no solo, na água, no ar e na pele, determinou o amarelo; com Xanthomonas axonopodis, um micróbio patogênico de planta, fez a cor verde. As combinações desses vários micróbios compuseram as cores intermediárias.
Fontes:
Inspirad
Só Científica
Ants