“…. Há de existir alguém que lendo o que eu escrevo dirá… isto é mentira! Mas, as misérias são reais.”
Carolina de Jesus
Carolina Maria de Jesus foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil. Descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, em abril de 1958, enquanto cobria a abertura de um pequeno parque municipal, Carolina foi vista de pé na beira do local gritando “Saiam ou eu vou colocar vocês no meu livro!”. Os intrusos partiram. Dantas perguntou o que ela queria dizer com aquilo. Ela se mostrou tímida no início, mas levou-o até o seu barraco e mostrou-lhe tudo. Ele pediu uma amostra pequena e correu para o jornal. A história de Carolina “eletrizou a cidade” e, em 1960, Quarto de Despejo, foi publicado. A tiragem inicial de 10 mil exemplares se esgotou em uma semana.
Logo suas obras ganharam o mundo. Tratando sempre de temas como a miséria, a situação do negro no Brasil e dos problemas sociais do Brasil, as obras de Carolina de Jesus até hoje vem sendo tema de debates e polêmicas, vencendo o ranço academicista e conservador de só ver arte naquilo que segue as fórmulas eurocêntricas.
Suas obras publicadas são:
- Quarto de Despejo (1960)
- Casa de Alvenaria (1961)
- Pedaços de Fome (1963)
- Provérbios (1963)
- Diário de Bitita (1982)
- Meu Estranho Diário (1996)
- Antologia Pessoal (1996)
- Onde Estaes Felicidade (2014)
Veja também:
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