O livro mais importante da literatura brasileira faz referência a diferentes escritores nacionais e internacionais.
Dom Casmurro é o livro mais famoso e, possivelmente, o maior livro da história da literatura brasileira. Sua influência na cultura e na arte é imensurável, tendo Capitu e Bentinho se tornado mais do que personagens, mas parte da cultura brasileira.
Machado de Assis plantou nas mentes de leitores e leitoras Brasil afora a pergunta mais infame da história da literatura: Capitu traiu Bentinho? Durante o livro, Machado vai deixando algumas pistas, mas quem realmente decide como responder a essa pergunta é, ao fim e ao cabo, o leitor.

Essa é apenas uma das genialidades de Dom Casmurro. Para além da pergunta infame e da prosa envolvente, Machado de Assis mostra, neste livro, uma quantidade impressionante de referências à literatura, à filosofia, à história e à arte.
Dentre as muitas edições da obra, originalmente publicada em 1899 pela Livraria Garnier, a edição da Panda Books apresenta ao leitor referências, descrições e explicações que permitem uma leitura mais aprofundada da obra. O Jornal Nota já publicou uma lista, feita a partir desta edição, na qual apresenta 9 livros citados por Machado de Assis em Dom Casmurro. Agora, você pode ler também uma lista de 12 escritores aos quais Machado de Assis faz referência nesse clássico da literatura brasileira.
Walter Scott

Walter Scott (1771-1832) foi um escritor escocês, a quem se imputa ter sido o criador do romance histórico. Iniciou sua carreira na literatura trabalhando com tradução. Dentre as obras que traduziu, incluem-se obras de Goethe. Depois, passou a escrever poemas, muito influenciado por Lord Byron. Também escreveu prosa, sendo “Waverley” um importante romance histórico escrito por ele.
Ludovico Ariosto

Ludovico Ariosto (1474-1533) foi um poeta italiano, conhecido como o maior poeta do romance de cavalaria neste país. Publicou “Orlando furioso” em 1516, um poema de muito sucesso composto por 40 cantos e regado de reviravoltas marcantes.
Dante Alighieri

Autor de “A Divina Comédia”, um dos livros mais importantes de todos os tempos, Dante Alighieri (1265-1321) nasceu na Itália e lá viveu até ser exilado. É considerado o maior poeta de língua italiana, muitas vezes sendo referido como “o sumo poeta”. A Divina Comédia foi a obra que lançou as bases para a língua italiana moderna.
Junqueira Freire

Luís José Junqueira Freire (1832-1855) foi um poeta brasileiro nascido em Salvador, na Bahia. Integrou a segunda geração do romantismo brasileiro. É o patrono da 25ª cadeira da Academia Brasileira de Letras (ABL). Em 1855 escreveu “Inspirações do Claustro”, após abandonar o mosteiro de São Bento, onde havia iniciado sua carreira religiosa.
Homero

Homero foi um poeta da Grécia Antiga. Teria nascido na região onde hoje se encontra a Turquia ou em alguma ilha do Mar Egeu no século VIII a.C., mas historiadores não têm consenso se Homero teria sido um indivíduo ou a personificação coletiva da memória da Grécia Antiga. À Homero são atribuídas duas obras que fundam a literatura ocidental: “Odisseia” e “Ilíada”.
José de Alencar

Um dos maiores nomes do romantismo brasileiro, José de Alencar (1829-1877) foi autor de obras clássicas como “Senhora”, tendo escrito romances, dramaturgias, crônicas e poemas. Foi também jornalista, advogado e político, além de ser patrono da Academia Brasileira de Letras.
Goethe

Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) foi um escritor alemão que, nos séculos XVIII e XIX, foi um dos principais nomes do romantismo europeu. Escreveu romances, peças e poemas, além de ter publicado reflexões e ensaios teóricos sobre arte, literatura e ciências naturais. É autor dos clássicos “Os sofrimentos do jovem Werther” e “Fausto”.
Shakespeare

William Shakespeare (1564-1616) é o mais importante nome da história do teatro. Nascido na Inglaterra, é tido como o maior escritor em língua inglesa e suas peças foram traduzidas para todas as principais línguas modernas. Escreveu também poemas, especialmente sonetos. Sua influência nas artes e na cultura mundial são imensuráveis. Escreveu peças clássicas que se tornaram parte do imaginário social não só da Inglaterra, mas do mundo, como “Romeu e Julieta”, “Otelo” e “Hamlet”.
Prévost

Antoine François Prévost (1697-1763) foi um escritor francês. Apesar de não ser muito conhecido, seu livro “Manon Lescaut” tornou-se famoso após a ópera de Puccini, tendo sido adaptado também em filmes e novelas de televisão.
Montaigne

Michel de Montaigne (1533-1592) foi um filósofo renascentista francês. É considerado o precursor do estilo chamado “ensaio”. Em seus Ensaios, refletiu sobre os costumes e moralidades da França de seu tempo.
Álvares de Azevedo

Autor de clássicos góticos brasileiros como “Noite na Taverna” e “Lira dos Vinte Anos”, Manoel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852) integrou a segunda geração do romantismo brasileiro, também chamada de ultrarromântica ou byroniana, devido à influência de Lord Byron. Suas obras apresentam contextos fortemente marcados pelo pessimismo e pelo sentimentalismo.
Victor Hugo

Victor-Marie Hugo (1802-1885) foi um romancista, poeta, dramaturgo e ensaísta francês que além de ter se consagrado como um dos maiores escritores franceses de todos os tempos também marcou a história pelo seu ativismo no campo dos Direitos Humanos, especialmente a partir de sua militância contra a pena de morte. É autor de clássicos como “Os Miseráveis”, “Os Trabalhadores do Mar” e “O Corcunda de Notre-Dame“.
Agora você pode buscar conhecer mais sobre esses autores que influenciaram Machado de Assis na escrita de Dom Casmurro e são por ele citados durante essa que é a obra mais fundamental do realismo brasileiro.