Crítica do filme Wonka, em que o queridinho Timothée interpreta o jovem Willy Winka
“Toda coisa boa no mundo começou a partir de um sonho”
Felizmente, o novo filme estrelado pelo queridinho Timothée é realmente mágico, excepcional e surpreende nossas expectativas. Acompanhamos a historia do jovem Wonka após retornar de uma longa viagem pelo mundo, a qual enriqueceu seu repertório de chocolateiro, com o sonho de abrir uma loja na ilustre Galeria Gourmet.
Paul King que além de dirigir o filme, também coescreve o roteiro, soube preencher essa jornada do jovem que sai de seu lar para terra distante a fim de ter uma nova oportunidade. Apesar de referenciar “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, “Wonka” tem identidade própria e percorre seus próprios trilhos mantendo a magia e singularidade de Willy.
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Para além daqueles que amam o original, aqui é imutável a essência e extravagância de Wonka, é divertido e prazeroso acompanhar os personagens nessa aventura que aquece o coração. Afinal, no cerne da questão, ” A Fantástica Fábrica de Chocolate” sempre foi sobre sonho, amor, humildade e perseverança, estão aqui todos eles presentes.
Poderia facilmente discorrer minuciosamente sobre todos os significados apresentados, mas acho que isso é algo que não posso tirar de vocês. É mágico.
Muitos podem se decepcionar com um Wonka não tão mordaz e mais doce, afinal no nosso imaginário mais recente, temos a figura expressiva de Johnny Depp, mas o Wonka de Timothée é emocionante e tem uma insanidade peculiar que cativa.
Wonka, um filme também para se olhar
O filme conseguiu atingir um lugar de comoção que poderia ter sido perigoso se não fosse bem trabalhado. Os cenários são extremamente ricos e ambientados no século XX. As apresentações de Wonka ao povo da cidade com muitas engenhocas, e cenários teatrais que parecem ter saído da TV Cultura da década de 90.
Magicamente linda essa mistura de Art Nouveau com cenografia que parece ser feita de EVA, algodão e papel crepom, mas que na verdade “é tudo chocolate”. As músicas não são repetitivas, pelo contrário, complementam a história como um bom musical.
Por fim, a escolha do elenco foi fundamental para fazer tudo isso acontecer de forma magistral, não posso falar muito porque acho tudo que a Olivia Colman faz genial. Temos Hugh Grant como Oompa-Loompa, e me alegro em dizer que ele foi feito para esse papel. Keegan-Michael Key perfeito também desempenhando a figura de oposição ao protagonista que já sabemos que ele faz muito bem como fez em “A invenção de Natal”.
E não podemos deixar de fora a participação de Rowan Atkinson, um personagem que passaria batido se não fosse interpretado por ele, o que nos leva a um risinho mesmo que tosco à sua primeira aparição.
Veja o trailer do filme aqui: