A história que nunca termina de ser revelada! A boa notícia é que pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriram mais uma obra perdida do grande artista brasileiro Aleijadinho (1738-1814). A obra datada do século 18 é uma imagem que representa São Francisco de Assis (1182-1226).
A peça foi encontrada em Cipotânea, cidade na região central de Minas e é uma peça de madeira tem 1,30 metros (m) de altura e pesa 16 quilos (kg). A obra foi atribuída a Aleijadinho, que a esculpiu provavelmente entre os anos de 1790 e 1792, de acordo com informações foram dadas pelo Jornal Nacional e relatadas pelo site Brasil 247.
Leia também: Este incrível vídeo em 3D reconstitui a cidade de Ouro Preto no século XVIII

“Havia rumores, muitos rumores que tinham peças de Aleijadinho em Rio Espera, em Cipotânea, nessas cidades vizinhas, porque Aleijadinho trabalhou nessa região”, disse o padre Adelson Clemente, administrador paroquial de Cipotânea.
Além do padre, quem comentou a descoberta foi a conservadora de obras e restauradora Moema Queiroz. Ela disse:
“uma peça, quando a gente descobre a atribuição, ela é mais uma referência dentro do campo da história da arte para outras pesquisas, para serem desenvolvidos outros trabalhos também de outros profissionais”.

Aleijadinho e a cidade de Congonhas
Embora a cidade em que a obra foi encontrada seja Cipotânea, muitas das obras de Aleijadinho estão em Congonhas. Antônio Francisco Lisboa viveu em Congonhas no período de 1796 a 1805. Seu acervo na cidade é composto pelas 64 imagens esculpidas em cedro expostas nas capelas dos Passos da Paixão, seis relicários no interior da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e os 12 profetas talhados em pedra-sabão, no adro da basílica.
O artista também criou no município a porta da Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Esse legado proporcionou a Congonhas o título de patrimônio mundial, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1985.