“Herança”: Jacques Fux retrata os traumas do Holocausto em três gerações

Como relatar as histórias dos traumas do Holocausto, tanto nos indivíduos quanto nas gerações familiares? É isso que Jacques Fux busca fazer em seu mais recente romance: Herança, publicado pela Editora Maralto.

Em Herança, os discursos de três mulheres representantes de diferentes gerações de uma mesma família cruzam-se e entrelaçam-se. As vivências de todas são marcadas pela história de Sarah K., a mais velha e uma sobrevivente de Auschwitz.

Leia também: Literatura e Matemática, de Jacques Fux

Em seus diários, ela narra desde episódios de sua infância em Lódz, na Polônia, até a perseguição aos judeus durante a ocupação alemã, passando por todo o terror do início e do desenvolvimento da Segunda Guerra Mundial. Clara, filha de Sarah nascida no Brasil, em suas sessões de terapia, procura lidar com as cicatrizes que recebeu, de forma indireta, das experiências passadas de sua mãe e suportar o peso de uma herança dolorosa.

Enquanto isso, sua filha Lola compartilha notas das reflexões e pesquisas que desenvolve para se reconectar com as memórias da avó, de modo a compreender as marcas de sua família e encarar o horror do holocausto. Seja pela escrita, seja pela fala, as três posicionam-se, cada uma a seu modo, diante das violências da história e da memória, tentando sempre se manter de pé e pavimentar o futuro, mesmo que não necessariamente o seu próprio.

Para comprar o livro, acesse aqui!

Ficha técnica:

Ano de lançamento:2022

ISBN: 978-65-5798-265-5

Número de páginas: 224

Dimensões: 18,2 x 24 cm

Sobre o autor:

Jacques Fux é ficcionista, ensaísta e tradutor. Graduado em Matemática e mestre em Computação, tem doutorado em Literatura Comparada pela UFMG e pela Universidade de Lille. Foi pesquisador na Universidade de Harvard de 2012 a 2014.

É autor dos romances Antiterapias, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, Brochadas, que recebeu Menção Honrosa no Prêmio Nacional Cidade de Belo Horizonte, Meshugá, vencedor do Prêmio Literário Cidade de Manaus, e Nobel; dos ensaios Literatura e Matemática, vencedor do Prêmio Capes e finalista do APCA, Georges Perec e Ménage literário; e dos infantis O enigma do infinito, Selo Altamente Recomendável FNLIJ e finalista do Jabuti, Um labirinto labiríntico, vencedor do Prêmio Paraná Digital, As coisas de que não me lembro, sou e Mary Anning e o pum dos dinossauros. Seus livros e contos já foram publicados na Itália, no México, no Peru, em Israel, nos Estados Unidos e na França.

Related posts

Novela de Thomas Mann: o fascismo é capaz de hipnotizar?

Ambição, Poder e Destino: Anakin Skywalker, o Macbeth de Star Wars?

Uma nova cosmologia para ver o mundo: o livro africano sem título – Cosmologia dos Bantu-Kongo, de Bunseki Fu-Kiau