O projeto Biblioteca Humana (Human Library) surgiu em 2000, em Copenhagen, na Dinamarca, como iniciativa da ONG Stop the Violence!. Com o tema Não julgue um livro pela capa!, o projeto interativo se espalhou por outros lugares e conquistou inúmeros participantes. No Brasil, alguns anos atrás, um projeto semelhante foi desenvolvido pela Universidade Federal do Amazonas. O objetivo é trocar a palavra escrita pela experiência pessoal com intuito de promover o diálogo, a socialização e o compartilhamento de histórias e de culturas diferentes.
A Human Library é, no verdadeiro sentido da palavra, uma biblioteca de pessoas. Realizamos eventos onde os leitores podem emprestar seres humanos servindo como livros abertos e ter conversas às quais normalmente não teriam acesso. Cada livro humano de nossa estante, representa um grupo em nossa sociedade que muitas vezes é submetido a preconceito, estigmatização ou discriminação por causa de seu estilo de vida, diagnóstico, crença, deficiência, condição social, origem étnica etc. (informação do site).
O acervo da biblioteca reúne diferentes assuntos e experiências reais através de contação de histórias pelas próprias pessoas que vivenciaram determinadas situações. A instituição conta, principalmente com grupos de voluntários como minorias sexuais, religiosas ou raciais. A última edição, realizada em 2019, teve sete “livros” e trouxe histórias sobre a intolerância religiosa, a vida com HIV, a vida de um refugiado de guerra, entre outras.
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Como funciona?
O visitante escolhe a história que quer ouvir e é levado até uma área de discussão onde conhece a pessoa que vai narrar. Durante aproximadamente 30 min. ele escuta o “livro humano” e pode fazer questionamentos. Com isso, torna-se um ambiente propício para conhecer outras vivências, compreender culturas diferentes, aproximar as pessoas, combater os preconceitos, exercer a tolerância e a empatia.
“Não estamos aqui para convencer as pessoas de certa opinião ou visão. Estamos aqui para publicar informação, e o que você faz com essa informação é responsabilidade sua. Esperamos que você use para entender melhor e respeitar as pessoas diferentes de você”, destaca o criador do projeto Roni Abergel.