Sacrificar e comer os inimigos capturados faziam parte de uma das instituições sociais mais importantes dos tupis. Muitas vezes, o prisioneiro não era morto logo após ser capturado, pois acontecia dele permanecer na aldeia, convivendo com os indígenas, em certas situações, por muitos anos, onde era vigiado e engordado. Havia o costume de ganhar uma companheira para viver com ele, alimentá-lo e até ter filhos.
Quando o dia da cerimônia chegava, o prisioneiro era morto, despedaçado, cozido e devorado durante uma grande festa. Pedaços do prisioneiro podiam ser defumados para serem comidos mais tarde. Quando os participantes da festa eram muitos e a refeição era pouca, respeitavam-se os princípios patriarcais da sociedade tupinambá.
Os homens comiam as partes mais nobres da vítima, e as mulheres e as crianças contentavam-se com a cabeça ou com um “mingau” feito com as vísceras e outras sobras. Nada era desperdiçado. Algumas partes eram preferidas em detrimento de outras, devido a supostas virtudes mágicas, ou então ao sabor.
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Certas partes, como a língua e os miolos, eram reservados aos jovens. Os adultos regalavam-se com a pele do crânio. As mulheres banqueteavam-se com os órgãos sexuais. Porções nobres eram dadas aos hóspedes de honra.
Acreditava-se que a carne humana teria poderes curativos.
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