E se a música, de repente, acabasse? Como proteger a música do fim do mundo? Essa foi a ideia do australiano Luke Jenkinson. O idealizador da Global Music Vault – “Cofre da música global”, em tradução livre), promete lançar uma iniciativa que pretende salvar a música do apocalipse em uma das zonas mais remotas do planeta.
O projeto está localizado no arquipélago de Svalbard, no Círculo Polar Ártico, pertencente à Noruega. O Arctic World Archive, ou “arquivo mundial do Ártico”, é uma coleção reúne cópias e dados digitais de tesouros culturais como manuscritos da Biblioteca do Vaticano, quadros de Rembrandt ou ainda descobertas científicas.
Segundo matéria da Folha de São Paulo, é a este projeto que o Global Music Vault —GMV— vai se juntar. O criador, em entrevista contou:
“Eu cresci indo a festivais e ouvindo também a música dos aborígenes, que na Austrália é conhecida e acessível”, conta Jenkinson. Essas memórias, somadas a experiências recentes no Museu Nacional da Noruega e uma breve passagem como gerente de parcerias globais de Alan Walker, um dos principais DJs da atualidade, foram a inspiração para o Global Music Vault.
O projeto tem como parceiros o Conselho Internacional de Música da Unesco e a Innovation Norway, braço do governo norueguês para a inovação e desenvolvimento de empresas locais, que financia parte do empreendimento.
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Sobre a região
Com menos de 3.000 habitantes, o arquipélago é literalmente onde a civilização termina, conta ainda a Folha, é o último território habitado ao norte do planeta. Svalbard passa cerca de três meses na escuridão, numa noite permanente, e outros cinco sob o fenômeno conhecido como sol da meia-noite, com a luz brilhando 24h por dia. A temperatura ao nível do mar varia entre 18 graus Celsius negativos e, no auge do verão, cerca de cinco graus.