Artista ganense retrata a escravidão de forma impressionante em suas esculturas

Kwame Akoto-Bamfo é um artista plástico ganense que retrata a escravidão em esculturas. É também educador, ativista cultural e patrono da comunidade Nuhalenya, Ada. Suas esculturas estão localizadas ao livre e são dedicadas às vítimas do tráfico transatlântico de escravos. Com Bacharelado em Escultura e Mestrado em Artes Plásticas, o artista costuma experimentar diferentes técnicas. Utiliza materiais como argila, cimento, madeira e modelos 3D. Em 2015, ganhou o Prêmio de Arte Kuenyehia, o principal prêmio de arte contemporânea em Gana. Suas esculturas tem o objetivo de preservar a memória e criar uma consciência em torno da arte, história e herança africanas.

“Eu geralmente recebo muito feedback emocional; remorso, raiva, abnegação e muita tristeza.[…] Alguns acham que não tenho o direito de contar a história. Acho que muitas dessas reações derivam da ignorância e eles não conseguem entender por que essas esculturas foram criadas e a importância de fazê-las. Há 5 anos, as pessoas denunciaram o trabalho ao Facebook para que as imagens fossem retiradas, por acharem que eram horríveis demais. Isso traz muitas emoções à superfície. E essas emoções, sejam positivas ou negativas, tendem a ser intensas”, relata o artista em entrevista.

A instalação Nkyinkyim é exibida no Memorial Nacional para a Paz e a Justiça, inaugurada em 2018, em Montgomery, Alabama, EUA:

A outra instalação faz parte do The Ancestor’s Project e retrata cerca de 1.300 rostos de africanos que representam os ancestrais escravizados em Gana. Nenhum rosto é igual, assim como suas expressões: 

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