A defesa da cultura nunca acaba. O nosso país nunca foi muito bom em guardar suas memórias e preservar o seu passado. A tentativa de destruição agora, porém, chegou a um nível insustentável para aqueles que lutam diariamente pelas artes. E, ao contrário do que muitos dizem, não tem a ver com mamata, mas como sobrevivência da nossa história. Desta vez, pensando na defesa dos acervos da Funarte, pesquisadores, artistas e instituições variadas resolveram enviar uma carta aberta a Tamoio Athayde Marcondes.
Ao presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), os artistas exigem a adequada preservação do acervo do Centro de Documentação e Pesquisa (Cedoc) mantido pelo órgão, como solicitam, também, a abertura de um diálogo com a sociedade civil para a definição do futuro da valiosa coleção histórica, atualmente em perigo e sob risco de incêndio.
“O Brasil perdeu recentemente um montante de acervos de valor incalculável – além dos incêndios do Museu Nacional e da Cinemateca, há a crise da SBAT [Sociedade Brasileira de Autores Teatrais]. Nestas condições, é urgente agir em prol do acervo CEDOC/Funarte”, diz a carta
Segundo matéria do Globo, a carta foi redigida por pesquisadores do Grupo de Pesquisa História do Teatro Brasileiro, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e foi assinada por mais de 200 nomes da cena artística. Entre os nomes estão como Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg, Marieta Severo, Ary Fontoura, Juca de Oliveira, Marco Nanini, Renata Sorrah, Denise Fraga, Fulvio Stefanini, Renato Borghi, Walcyr Carrasco, Fabio Porchat, Paulo Betti, Zélia Duncan, Patrícia Pillar, entre outros.
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