O dari e o pachto foram basicamente as línguas que originaram a literatura afegã. O idioma dari está presente desde o século IX nas criações de Hanzale de Badrhis Mahamud Warrag, Rahie Quzdari de Balkh, Rudaki e Daqiqi. Entre os escritores mais conhecidos dos séculos XIX e XX, citam-se: Djamal al-Din, fundador do primeiro jornal afegão; o poeta Tarzi; o romancista Nur Mohammad Taraki, bem como Soleyman Layeq. Porém, a literatura do e sobre o Afeganistão passou a fazer muito sucesso após os ataques de 11 de setembro e da guerra dos Estados Unidos. Muito se pensou e se refletiu sobre essa cultura.
O NotaTerapia separou 5 romances sobre o Afeganistão pra você conhecer e ler!
O Livreiro de Cabul, de Åsne Seierstad
O livreiro de Cabul foi considerado pela crítica um dos melhores livros de reportagem sobre a vida afegã depois da queda do Talibã. Após conviver três meses com o livreiro Sultan Khan, em Cabul, a jornalista norueguesa Åsne Seierstad compôs este retrato das contradições extremas e da riqueza daquele país. Por mais de vinte anos, Sultan Khan enfrentou as autoridades para prover livros aos moradores de Cabul, e assistiu aos soldados talibãs queimarem pilhas e pilhas de livros nas ruas. Por meio de uma narrativa envolvente, Åsne Seierstad dá voz à família Khan, apresentando ao leitor uma coleção de personagens comoventes que reflete as contradições do Afeganistão.
A Cidade do Sol, de Khaled Hosseini
Do relacionamento proibido entre um rico comerciante de uma das maiores cidades do Afeganistão e uma de suas empregadas nasce Mariam, uma jovem marcada pelo ostracismo e a tragédia que, rejeitada pelo pai, vive em um casebre na periferia com a mãe, tendo como único passatempo, além dos afazeres domésticos, observar os mosquitos, as flores e as pedras. Laila tem catorze anos. Filha de um intelectual, ela cresceu sendo incentivada a estudar, cursar uma universidade, ter uma carreira e só depois, se assim o desejasse, pensar em se casar. O livro conta a história de duas mulheres afegãs de realidades distintas que constroem um grande laço de amizade. É um livro que nos mostra a realidade das mulheres afegãs, suas lutas diárias, medos e sonhos.
A pérola que rompeu a concha, de Nadia Hashimi
A pérola que rompeu a concha entrelaça as histórias de duas mulheres extraordinárias: Rahima e sua trisavó Shekiba, que, apesar de separadas pelo tempo e pela distância, compartilham a coragem e vão em busca dos mesmos sonhos. Uma comovente narrativa sobre impotência, destino e a busca pela liberdade de controlar os próprios caminhos.
Caravanas, um romance sobre o Afeganistão, de James Michener
A jovem americana Ellen Jaspar conhece o afegão Nazrullah nos Estados Unidos, para onde o rapaz se transferira a fim de estudar engenharia. Entediada com sua vida fútil e a rotina obediente de classe média, Ellen segue para o Afeganistão à procura de Nazrullah e se casa com ele. Idealizando um novo mundo, ela aceita se tornar sua segunda esposa, conforme os costumes daquele país, consciente de que devem levar uma vida afastada do progresso americano. Em terra afegã, a jovem perde o contato com a família, e a embaixada americana em Cabul é mobilizada para encontrá-la.
O Segredo do meu Turbante, de Nadia Ghulam
Aos oito anos de idade, Nadia Ghulam teve a casa onde vivia com sua família, no Afeganistão, destruída por uma bomba. Ela passou dois anos no hospital, teve o rosto deformado e perdeu todos os homens da sua família. Nadia, então, percebe que não tem quem traga o sustento para casa e sozinha decide fazer de tudo para salvá-los. Ela subverte as leis do talibã e do regime extremamente machista que proíbe as mulheres de trabalhar e estudar e assume a identidade do irmão morto para buscar o sustento da família.