Uma pintura gigantesca no prédio no centro de Belo Horizonte virou caso de polícia. Cobrindo totalmente a fachada de um prédio, a pintura mostra uma mãe negra com um filho no colo, levando o outro pelas mãos, além de ter como moldura uma série de pichações festa por uma série de artistas locais. O painel, chamado “Deus é mãe” com mais de dois mil metros quadrados produzido pelo artista paulista Robinho Santana, está sofrendo uma investigação da polícia local. Pode isso?
Segundo a curadoria do projeto, por conta da moldura conter alguns “pichos”, na moldura, a pintura está sendo criminalizada. Isso seria feito porque a moldura com pichos está sendo confundida com a pichação que é considerada proibida (embora a gente considera também uma manifestação legítima de pessoas invizibilizadas pelo estado). Embora a investigação permaneça sobre sigilo, a curadora do projeto fala que o inquérito investiga um suposto crime contra o ordenamento urbano e patrimônio cultural.
Ao site do Globo, a curadora e idealizadora do Festival Cura, Janaina Macruz Inácio explicou: “É uma obra que contém a caligrafia com a estética do picho, então, ela está sendo criminalizada por isso”.
Um absurdo, não?
Veja algumas imagens da pintura: