As 50 melhores obras de Fernando Botero e seus principais temas

Fernando Botero ficou conhecido e questionado por pintar “pessoas gordas”. O mais curioso é que, quando perguntando porque o faz, responde de pronto: “não, eu não pinto pessoas gordas.” As obras do pintor colombiano possuem um estilo propositadamente naif que são a marca indelével de sua arte: uma mistura da cultura contemporânea da Colômbia e a inspiração nas tradições artísticas ocidentais, através de obras de mestres clássicos como Francisco Gota, Diego Velásquez e Piro delia Francesca.

Assim, sua ideia é fazer essas figuras mais gordas e com estilo desajeitado, que disputam cores e formas com o vazio, se transformarem em forças e marcas de diversidade e diferença.

Nascido em 19 de abril de 1932, Botero trabalha basicamente com pinturas e esculturas e os temas de sua obra variam entre a temática sulamericana, as obras sobre o circo, as naturezas mortas e os retratos de cavalos e amazonas. O NotaTerapia separou as melhores obras do pintor por esses estilos e você pode conferir abaixo!

1- Natureza morta

“Uma natureza morta não é uma ilustração botânica, a questão não é a fruta, mas a pintura em si. Uma pintura não é uma descrição psicológica. É uma pintura”

As naturezas mortas e retratos de frutas de Botero são curiosos por trazer o volume clássico de seu estilo em formas não-humanas. Peras rechonchudas, melancias gigantescas, até as facas são mais arredondadas que de costume.

Botero não usa referências para pintar, prefere exercitar a memória e a imaginação.

2- Sensualidade

“No trabalho de Botero a carne é bem organizada, bem arranjada, bem contida em uma pele que é lisa e limpa. Para ele a carne está onde ela pertence.”
Gilbert Lascault

Nesta categoria podemos ver as formas das mulheres de Botero em todo seu esplendor. Elas mostram suas formas e opulência com certo recato, ocultando um seio ou o sexo mas ainda assim oferecendo ao espectador a firmeza de sua carne, o olhar lânguido e ausente, a textura suave da tela ou a lisura arredondada do bronze.
O fato do artista não usar muito contraste e evitar a marca do pincel nas pinturas ajuda a construir uma aura esfumaçada, quase entorpecida para o observador.








3- Circo

Vemos aqui um lado mais lúdico de Botero, que retrata figuras do cotidiano circense. As cores vibrantes usualmente empregadas ajudam a traduzir a alegria e festividade desse ambiente, mas, em contraste, podemos reparar em expressões plácidas, quase tristes das figuras pintadas. Isto enfatiza o lado humano e individual dos personagens: um palhaço em repouso, sem um sorriso no rosto; uma trapezista concentrada em sua acrobacia aérea.








4- Costumes latino-americanos

Botero gosta de traduzir sua influência renascentista nos costumes do povo latino-americano. Cores fortes, toureiros, siestas e o dia-a-dia colombiano são muito importantes na composição de sua obra, apesar de dividir seu tempo principalmente entre três ateliês em cidades diferentes: Paris, Nova York e Toscana.
Críticas sociais muitas vezes entram em seus trabalhos, às vezes de forma discreta e outras vezes abertamente, como a série de desenhos de 2004 retratando a violência dos cartéis de droga colombianos.





5- Cavalos

“É importante saber de onde provém o prazer de contemplar um quadro. Para mim, é a alegria de viver combinada com a sensualidade das formas. É por isso que o meu problema é criar sensualidade através da forma.”

Um animal que é visto com frequência no trabalho de Botero é o cavalo. Às vezes montado por uma amazona, às vezes em pares mas sempre muito bem torneado, musculoso e volumoso. Suas figuras, sejam cavalos, laranjas ou mulheres, procuram sempre se impor no espaço com suas formas monumentais e expressões serenas, misteriosas.





6- As esculturas

“A arte vive um momento deplorável”

Botero também produz diversas esculturas. Mantendo seu estilo de utilizar volumes, neste caso ele usa das formas em 3d, no espaço, para retratar sua visão das pessoas e dos costumes. Sua crítica a arte atual, sempre mordaz, também se reflete em suas obras.







7- Releituras

A obra mais conhecida de Botero talvez seja sua versão para a Monalisa, de Leonardo da Vinci, mas o pintor também já fez algumas versões de outros quatros famosos como a releitura de Jan van Eyck, O Casal Arnolfini, como também do quadro Card Players, de Cézanne, em que acrescenta uma mulher nua e até de um Papa (papa Leo X), depois da pintura de Raphael em uma versão rechonchuda e apática, entre outros.




 
 
Fontes: http://www.almeidaedale.com.br/botero/
http://aumagic.blogspot.com.br/2013/03/fernando-botero-pintura-e-escultura.html
 

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