A peça Jonathan, escrita e encenada por Rafael Souza-Ribeiro, indicada ao Prêmio Shell de Melhor Dramaturgia e Melhor Direção, parte da história da tartaruga mais velha do mundo para falar do amadurecimento de um jovem negro em busca do próprio protagonismo.
Na trama, a vida da tartaruga cruza com a de outro Jonathan: um jovem de 17 anos, tratador de animais, que herdou o nome do bicho e o ofício do avô, ainda que contra sua vontade. Enquanto passa a limpo a história da Ilha onde vive, da tartaruga e da família, ele se vê às voltas com os próprios sonhos e com a transição para a vida adulta numa jornada de reviravoltas e descobertas. Misturando autoficção, noticiário, poesia, humor e fantasia, Jonathan constrói uma narrativa doce e contundente, que descortina as mazelas do colonialismo e da intolerância, ao mesmo tempo em que celebra a potência da juventude negra viva.
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A ideia da peça veio em 2017, quando Rafael leu em um jornal sobre Jonathan, a tartaruga que vive na Ilha de Santa Helena, um dos lugares mais isolados do planeta. Há mais de um século, Jonathan é símbolo daquele antigo território colonial britânico no meio do Atlântico, estampando camisetas, bonés e até a moeda de 5 centavos. Quando se deparou com o perfil de Jonathan traçado pelo jornal, que detalhava as peripécias do animal e toda a indústria do turismo em torno dele, Rafael pensou: “Tem teatro aí!”, e criou uma fábula contemporânea sobre o tempo, o amadurecimento e a reinvenção do mundo.
“A ficção me permitiu desobedecer um pouco a história oficial e dar voz a quem sempre foi silenciado. Jonathan é uma peça sobre o que permanece e o que precisa mudar, e sobre como um corpo em movimento pode conter um mundo inteiro”, afirma Souza-Ribeiro.
Ficha Técnica:
Texto e atuação: Rafael Souza-Ribeiro
Direção: Dulce Penna
Direção de produção: Carolina Bellardi [Pagu Produções Culturais]
Preparação corporal: Luciano Caten
Figurino: Carla Ferraz
Desenho de estampa: Verônica Bechara
Costura: Ateliê das Meninas
Visagismo e maquiagem: Diego Nardes
Iluminação e operação de luz: Paulo Denizot
Cenário: Dulce Penna e Dodô Giovanetti
Cenotecnia: Dianny Pereira e Dodô Giovanetti
Trilha sonora: Arthur Ferreira
Operação de som: Eder Martins de Souza
Intérprete de LIBRAS: Claudia Chelque
Assessoria de imprensa: Lyvia Rodrigues [Aquela Que Divulga]
Arte gráfica: Ludmila Valente [Brainstorm Design]
Fotografia: Renato Mangolin e Sabrina Paz
Coordenação de Produção: Verde Flecha Cultural
Serviço
Temporada: 9 de setembro a 22 de outubro de 2025
Dia/hora: terças e quartas, às 20h
Local: Teatro Poeira
Endereço: Rua São João Batista, 104 – Botafogo
Duração: 75 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 150 espectadores
Ingressos: R$80,00 (inteira) / R$40,00 (meia)
Ingressos à venda no Sympla ou na bilheteria do teatro.
Horário de funcionamento da bilheteria:
Terça a sábado: 15h às 21h. Domingo: 15h às 19h.