Você já ouviu falar no quadrinho Sessenta primaveras no Inverno? Pois você vai conhecer uma história emocionante. Mas antes, queremos te contar uma coisa. Você já ouviu falar em etarismo?
Recentemente, um vídeo com três estudantes debochando de uma colega viralizou nas redes sociais e virou pauta dos principais jornais do país. Nas imagens, elas alegam que a aluna, por estar acima dos 40 anos, já deveria estar aposentada e não frequentado a faculdade. O caso ocorreu em uma universidade particular de São Paulo, mas escancara uma realidade que afeta pessoas em todo o mundo.
Pensando nesse e em outros casos, o Jornal Nota resolveu recomendar um quadrinho muito especial publicado pela Editora Autêntica, em seu selo Nemo, exclusivo para quadrinhos que trata do tema do etarismo.

O etarismo é o nome dado às práticas discriminatórias realizadas contra uma pessoa com base em sua idade, tem se mostrado cada vez mais recorrente. Especialmente, em uma sociedade em que nossas habilidades, sonhos e conquistas possuem prazo de validade, e a juventude é supervalorizada. Mas, será que existe idade para recomeçar?
Veja os 5 motivos aqui:
1- Mudança de vida e tabu da sexualidade após os 60
Em Sessenta primaveras no inverno, Aimée de Jongh e Ingrid Chabbert responderam essa pergunta ao lidar com o tabu da mudança de vida e da sexualidade, após os 60 anos, em uma obra surpreendente.
Do que fala o quadrinho?
2- Sessenta primaveras no inverno e a Sede de recomeço
A HQ conta a história de Josy que aos 60 anos, anuncia ao marido e aos filhos que vai embora. No volante de sua velha kombi, é ela quem dita os rumos de sua vida, após anos sem pensar de verdade em si mesma. É hora de recomeçar, de ser livre. Porém, a decisão de partir não é bem recebida pela família, que pensa que Josy está sendo apenas individualista.
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3- Emancipação feminina em Sessenta primaveras no inverno
A emancipação feminina ganha outro contorno, poético e moderno, em Sessenta primaveras no inverno. Mais do que quebrar os estigmas impostos pelo etarismo, que afetam pessoas de todos os gêneros, a graphic novel também propõe uma reflexão sobre a forma distinta como a sociedade reage a determinadas atitudes de homens e mulheres.
Uma história de amor? Não só!

4- Uma história de amor? Sim, mas não só!
Redescobertas, novas amigas, hábitos e até mesmo um novo amor. Através de Josy descobrimos não só os desafios que envolvem a decisão de recomeçar a viver após os 40 anos, mas também os prazeres. O quadrinho desenvolve também um romance inesperado, que quebra tabus e estereótipos, reforçado pela fabulosa arte de Aimée De Jongh.
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5- Autoras indicadas a prêmios
Sessenta primaveras no inverno é o primeiro quadrinho da parceria entre Aimée De Jongh e Ingrid Chabbert. De Jongh já é conhecida pelos brasileiros, com o elogiado Dias de Areia, enquanto a prolífica Chabbert não possuía títulos voltados a leitores adultos publicados no Brasil, até então. A história de Josy garantiu à dupla a indicação ao prêmio BD Fnac France Inter 2023 e à seleção de “Quadrinhos imperdíveis de 2022” da prestigiada Association des Critiques et journalistes de Bande Dessinée (ACBD).