No dia 20 de julho, a praia de Copacabana ganhou a intervenção artística do francês Guillaume Legros, conhecido também como Saype. A arte efêmera, de 1.500 metros, faz parte do projeto da “maior corrente humana do mundo”.
O projeto denominado Beyond Walls vai levar as megapinturas a 30 cidades dos cinco continentes. O objetivo é mostrar que os grandes desafios sociais e ambientais dependem de uma ação conjunta, num movimento de solidariedade e bondade – representada pelo entrelaçar das mãos. O Posto 2 de Copacabana e o Morro do Zinco, no Estácio, fizeram parte da 15ª etapa no Rio de Janeiro. Em breve, outra pintura será realizada em Brumadinho (MG).
“Acredito que o artista tem uma grande responsabilidade. Temos grande visibilidade, e é importante se mobilizar sobre as questões de sustentabilidade. E há um forte aspecto social no meu trabalho. Sempre que falamos de sustentabilidade, tem também o social e a economia, que são os três pilares do desenvolvimento sustentável”, destacou Saype.
Para criar a obra, o artista utiliza como inspiração uma fotografia de pessoas locais dando as mãos. Por isso, a pintura nunca é a mesma.
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Arte efêmera
Devido às grandes proporções da arte, só é possível vê-la do alto. Sem impacto para a natureza, as tintas são biodegradáveis, à base de carvão vegetal e giz. Com isso, a pintura acaba desaparecendo rapidamente: “A obra fica na memória, mas não no solo”, disse o artista.
O artista
Autodidata, Saype é pioneiro de um movimento que une street art e land art. Em 2019, a Forbes europeia considerou o artista como um dos jovens mais influentes na área cultural no mundo.