Você conhece “La’ieikawai”, o primeiro romance nativo havaiano?

Você conhece algum livro do Havaí? O que você sabe sobre o Havaí e seu povo? Você conhece “La’ieikawai”, o primeiro romance nativo havaiano? Particularmente, além dos elementos culturais turísticos como a dança hula e o surf, a gente conhece muito pouco, não é?

A princesa La’ieikawai quase teve uma morte prematura por conta de uma promessa de seu pai. Mas, salva por sua mãe e avó, ela cresceu e virou uma bela e cobiçada mulher e enquanto outras realezas no Havaí tinham apenas capas e mantos de penas, Laʻieikawai tinha uma casa feita de penas sagradas.

Para além de Moana da Disney, venha conhecer esse clássico polinésio INÉDITO no Brasil, escrito no século XIX por S. N. Hale’ole, nativo do Havaí, publicado também em língua inglesa em 1863. Em 1917, Martha Warren Beckwith o traduziu novamente, adicionando várias notas interessantes. 

“(…) Representa a composição única de uma mente polinésia trabalhando com o material de uma velha lenda e ansiosa para criar uma literatura nacional genuína. Como tal, reivindica uma espécie de interesse clássico.” Martha Warren Beckwith

Mais do que um livro fantástico seminal, teremos a oportunidade de ler em português a jornada de uma instigante personagem feminina (acompanhada de várias irmãs) de uma cultura bem diferente da nossa, partindo de uma fonte original.

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Sobre o que fala “La’ieikawai”?

Na mitologia havaiana, La’ieikawai e sua irmã gêmea La’ielohelohe eram princesas e nasceram em O’ahu. Para escapar da morte, a mãe e a avó delas as esconderam e separaram. As duas então iriam para lugares diferentes do Havaí. A avó escondeu La’ieikawai em Paliuli, um local secreto. No entanto, com o tempo passando, rumores sobre uma bela e divina moça rondavam a região, em especial pelo arco-íris permanente que seguia La’ieikawai onde ela fosse.

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Foi assim que vários pretendentes foram atrás dessa jovem, que atraiu não simples mortais, mas importantes lideres, reis poderosos. La’ieikawai é abordada por vários pretendentes, e um deles por desentendimento acaba deixando as sete irmãs que tentaram ajuda-lo a conquistar a bela de Paliuli (e não conseguiram) para trás. As irmãs Maile então, acabam virando suas amigas irmãs e guardiãs, que atravessam com ela toda as reviravoltas causadas pelos desentendimentos amorosos, intrigas entre reis e feiticeiros, buscando um final feliz possível.

Neste romance, temos uma boa amostra da mitologia polinésia do Havaí, cheia de reviravoltas de disputas de lideranças, bem como variados e poderosos animais mágicos! E claro, não podemos esquecer da curiosa e intrincada relação entre deuses e mortais, além de seus descendentes.

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