O Arts and Culture Institute do Google e especialistas do Museu Belvedere utilizaram imagens e documentos históricos para reconstruir a cor original de obras queimadas por nazistas.
Gustav Klimt, conhecido pelo quadro O Beijo, não foi o único artista plástico a ter tido suas obras queimadas no período nazista, que ao final da Segunda Guerra Mundial incendiou grandes obras saqueadas de diferentes lugares da Europa.
Três de suas obras estavam entre as pinturas queimadas. Até agora, não havia vestígios desses quadros, exceto fotos em preto e brancos.
Uma iniciativa do Arts and Culture Institute do Google em parceria com o Museu Belvedere, na Áustria, utilizou inteligência artificial para devolver cor a essas fotografias para, assim, recuperar as obras queimadas de forma mais próxima possível do que elas eram.
Isso foi possível devido ao treinamento de um algoritmo que “aprendeu” sobre colorimetria e ao pequeníssimo pedaço de cor restante da obra “Medicina”.
Além disso, foram reunidos milhares de documentos e imagens por especialistas que se debruçaram em pesquisas sobre as obras de Klimt. Foram seis meses de programação para que o algoritmo pudesse gerar cores correspondentes às obras do pintor.
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O El País fez uma matéria completa sobre a recuperação das três obras e, nela, é possível ver imagens interativas que permitem ir, aos poucos, dando cor aos quadros.
O Arts and Culture Institute do Google disponibilizou um vídeo sobre o projeto. Confira: