5 livros claustrofóbicos que você precisa conhecer (e ler)!

Com a chegada da pandemia, todo mundo teve que refletir sobre a ideia de confinamento, sobre ficar em casa, sobre se isolar. A sensação de claustrofobia, em algum momento, passou pela cabeça de todo mundo. Mas…como a literatura retratou e retrata a claustrofobia? E não só a sensação de estar preso em um lugar, mas em si próprio também.

O NotaTerapia separou alguns romances que refletem sobre esse sentimento. Confira:

Viagens ao Redor do Meu Quarto, de Xavier de Maistre

A obra “Viagem ao redor do meu quarto” é um escrito do escritor francês Xavier de Maistre, publicado originalmente em 1794. O autor, um oficial do exército na Itália na época, havia sido posto em prisão domiciliar por ter participado de um duelo. Durante os quarenta e dois dias de confinamento em seus aposentos, com apenas a companhia de um fiel criado e seu cão de estimação, de Maistre se divertiu com um experimento literário bastante ousado. Fisicamente, a “viagem” do autor se limita aos objetos em seu quarto: um quadro, um espelho, a cama, a poltrona, a escrivaninha e a janela. Mas, espiritualmente, ele faz importantes descobertas sobre si mesmo, sobre as relações humanas e sobre seus próprios recursos intelectuais. O romance consiste em 42 capítulos curtos.

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Os Que Bebem Como os Cães, de Assis Brasil

O romance narra a estória de Jeremias, um preso que sofreu lavagem cerebral e perdeu a memória. Sem saber o motivo de sua prisão, tenta se adaptar à rotina torturante do cárcere, em condições subumanas. … Para tomá-la, abaixa-se e sorve-a, igualmente a um cão. Em capítulos repetidos que se sucedem, a cela, o pátio e o grito, o romance é um dos maiores gritos contra os regimes autoritários.

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O Quarto, de Emma Donoughe

Jack é um esperto menino de 5 anos, o quarto é o único mundo que conhece. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, dormem e brincam. À noite, sua mãe o fecha em segurança no guarda-roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la. O quarto é a casa de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. 

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A Redoma de Vidro, de Sylvia Plath

Publicado originalmente em 1963, esta edição, com tradução de Chico Mattoso, traz nova capa e desenhos da autora. Lançado semanas antes da morte de Sylvia, o livro é repleto de referências autobiográficas, e a narrativa é inspirada nos acontecimentos do verão de 1952, quando Sylvia Plath tentou o suicídio e foi internada em uma clínica psiquiátrica. A claustrofobia dessa história não é física, mas interior, causada pela depressão e pela doença psíquica que passa a personagem.

Conjugado, de Luiz Antonio Ribeiro

Conjugado é a história de um cara que vive num espaço de 17 metros quadrados, narrada por ele mesmo depois que coisas em seu apartamento começam a mudar de lugar. Ou assim ele acha. “Alguém vai lá e mexe”, ele pensa, não some com nada, apenas: mexe. E a partir disso o narrador voluntariamente se confina no conjugado. Sua história é alinhavada num conjugado onde paredes, corpos e palavras parecem ser as únicas margens que permitem que o narrador não se funda completamente ao seu entorno.

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