Documentário “Chão”, conta a luta do MST retratando resistência, afetos e vivências

A luta pela terra e por Reforma Agrária Popular  é uma batalha antiga no Brasil. Latifúndios, famílias oligárquicas, violência no campo, grilagem de terras. Tudo isso está na nascente do MST, Movimento dos Sem Terra, que luta pelas condições dignas dos trabalhadores rurais.

Essa história agora pode ser conferida em “Chão”, documentário de Camila Freitas que traz o cenário da luta popular no Brasil. O filme acompanha o dia a dia de uma ocupação do Movimento Sem Terra na Usina Santa Helena, em Goiás, e mostra a importância das ações do Movimento na vida das pessoas por uma vida digna.

Acho que o cinema documental se propôs a se aproximar de lutas e realidades sociais adversas em muitos momentos da história, mas essa tarefa vem se tornando cada vez menos a de “retratar”, “representar” povos oprimidos na tela, mas de criar alianças e fazer junto. 

Camila Freitas

Cena do filme Chão (Divulgação)

Segundo matéria de Fernanda Alcântara para a Página do MST, a ideia é “sensibilizar o público” para essa construção coletiva, assim como das demais atividades propostas pelo Movimento, em que a “resistência é permeada de valores, afetos e vivências.” Fernanda conta que a ideia do filme é trazer, através da arte cinematográfica, “conexões e leituras sobre o MST e ser instrumento de politização e mudança.”

O filme chega agora aos cinemas de todo país. Para saber mais, o site do MST fez uma incrível entrevista com a diretora do filme. Confira aqui!

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