Por trás de seu maior sucesso, “Drácula”, uma das maiores obras do terror literário mundial, há a mente criativa e pulsante de um irlandês simples: Abraham “Bram” Stoker, nascido em Dublin, em 8 de novembro de 1847.
Matemático por formação, pela Universidade de Dublin, porém dado ao mundo das Letras desde muito jovem, o filho de Abraham Stoker e Charlotte Matilda Blake Thornley Stoker, escreveu seu primeiro ensaio com apenas dezesseis anos, e posteriormente, se tornou efetivamente um autor de ficção com mais de uma dúzia de obras.
Após concluir sua formação acadêmica, foi contratado para trabalhar no Castelo de Dublin, residência da família real britânica na Irlanda, do começo do século XIX até 1920. E nesse período, realizou críticas teatrais para um jornal chamado “Dublin Evening Mail”.
Deixou o Castelo depois de uma década de trabalho, e foi apresentado ao notório escritor Henry Irving, pois o mesmo fez parte de uma peça comentada por Stoker. Não tardou até que consolidassem uma grande amizade e, Irving ofereceu a Stoker um cargo de gerência em sua casa de produção em Londres, o Lyceam Theatre, onde o gerenciou por mais de trinta anos, até a morte de Irving. Paralelamente também fez parte do “Daily Telegraph”, um jornal londrino, onde contribuiu com ficção e outros gêneros.
Stoker era conhecido em seu meio de trabalho pela força de sua intensidade natural, seu apetite incontrolável por aproveitar cada aspecto da vida, os prazeres relacionados à arte, e principalmente por sustentar uma natureza selvagem, porém dócil, não se deixando abater pelas dificuldades cotidianas, e de seu corpo já não tão mais jovem.
Em 1878, casou-se com Florence Balcombe – cujo ex-pretendente era Oscar Wilde -, e em 1879 nasceu Noel, filho único do casal.
Durante os anos no Lyceam, Stoker obteve certa fama literária com obras como “The Primrose Path”, “Under the Sunset” e “The Snake’s Pass” durante os anos de 1882 até 1890. Mas foi somente em 1897, que publicou seu Magno Opus: Drácula, depois de sete anos de pesquisas sobre o folclore europeu e mitos sobre vampiros, cujo reconhecimento é obtido até hoje, mais de um século ulteriormente à sua publicação, tendo tido diversas adaptações para o teatro e o cinema.
Ele continuou escrevendo e em 1898 lançou “Miss Betty”, “The Mystery of the Sea” em 1902, “The Jewel of Seven Stars” dois anos depois, e “The Lair of the White Worm” um ano antes de falecer.
Stoker deixou uma legião de fãs em 20 de abril de 1912, em Londres, vítima de uma série de derrames cerebrais.