Marquês de Sade, nascido em 2 de junho de 2017, é o autor de Cento e Vinte Dias em Sodoma, uma das mais polêmicas obras literárias de todos os tempos, por relatar explicitamente pedofilia, práticas sexuais não consentidas, dentre outros crimes hediondos. Nascido em 1740, em Paris, França, Donatien Alphonse François de Sade, mais conhecido como Marquês de Sade, foi um aristocrata libertino, controverso escritor e dramaturgo.
Teve uma infância regada à promiscuidade, onde debaixo da guarda e falsa moral de seu tio, o Abade Jacques François de Sade, com menos de dez anos de idade, teve acesso à histórias pornográficas do Clero, e a um mundo de prazeres bizarros e violentos. Aos quatorze, ingressou na Escola de Cavalaria, tornando-se rapidamente subtenente do Regimento de Infantaria do Rei. Posteriormente, casou-se com Renné-Pelagie de Montreuil, gerando uma prole de três filhos. Mas a família não foi capaz de deter seus impulsos sexuais violentos e grotescos, a maioria envolvendo prostitutas e crianças.
Passou boa parte de sua vida aprisionado graças à violações morais e religiosas e tornou-se efetivamente escritor, quando esteve enclausurado na Bastilha, por Napoleão Bonaparte, onde escrevia clandestinamente.
Adepto do ateísmo, frequentador de orgias – envolvendo ou não sua esposa Renné – questionador filosófico e social, Sade acostumou-se a se ver envolvido em escândalos, entrando e saindo de prisões e hospícios, até que por fim foi enclausurado ancião, obeso e quase cego em um asilo onde veio a falecer com 74 anos. Seu último escândalo foi um envolvimento com uma jovem de 14 anos quando ele mesmo estava à beira da morte.
De seu nome surge o termo “sadismo” que define a perversão sexual de se satisfazer pela dor física, ou moral do parceiro.
A obra escandalosa, 120 Dias de Sodoma – ou Escola de Libertinagem – , carimbou na literatura uma profunda mácula e insanidade desenfreada, e hoje, 232 anos após sua publicação, ainda provoca espanto ao ser lida. Conta a história de quatro malfeitores ricos que decidem aprisionar mais de quarenta indivíduos incluindo crianças e adolescentes em um castelo para servirem aos seus prazeres sexuais. Por fim, quatro cafetinas são responsáveis por relatar os atos insanos que se sucederam no castelo.
Confira dez trechos, se tiver coragem…
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