“Juntei tudo o que foi possível recolher acerca do pobre Wether, e aqui lhes apresento, seguro de que por isso vocês irão me agradecer. Também sei que não poderão recusar sua admiração e amizade ao espírito e caráter desse jovem, e nem deixarão de verter lágrimas por seu destino.” Introdução de Os Sofrimentos do Jovem Werther
Os homem sofreriam menos se não se concentrassem tanto (e só Deus sabe por que eles são assim!) na lembrança de seus males, em vez de esforçar-se por tornar o presente suportável. (p. 13)
As pessoas de condição elevada mantém sempre uma fria reserva para com as pessoas comuns só pelo temor de diminuir-se com essa aproximação. Além disso, há os imprudentes que só fingem condescendência para melhor ferir, com sua arrogância, o pobre povo. (p.16)
A maioria trabalha durante quase todo o tempo para poder viver, e o pouco tempo livre que lhe resta pesa-lhe de tal modo, que procura todos os meios possíveis para dele se libertar. Oh, o destino do homem! (p. 17)
A vida humana não passa de um sonho! (p.18)
Toda regra destrói o verdadeiro sentimento e a verdadeira expressão da natureza. (p. 20)
É natural que toda a calamidade, todas as aflições que nos surpreendam em meio ao divertimento, provocassem em nós uma impressão mais forte do que em qualquer outro momento, não só porque sentimos mais vivamente o contraste, mas porque os nossos sentidos, já despertados à emoção, ficam muito mais suscetíveis. (p. 29)
Acontece com a distância o mesmo que acontece com o futuro: um todo imenso, e como que envolvido por uma neblina, estende-se diante de nossa alma: nosso coração ali mergulha e se perde. (p. 32)
Ora, nada me aborrece mais do que ver as pessoas se atormentarem umas às outras; e sobretudo os jovens, em plena primavera da vida, quando o coração podia desabrochar a todas as alegrias, estragarem reciprocamente os seus melhores dias para reconhecer mais tarde que esbanjaram bens que nunca mais serão recuperados. (p.35)
Pobre daquele que usa do seu poder sobre um coração para abafar as singelas alegrias que nele nascem espontaneamente! (p. 37)
Pobres infelizes! Pensam que todas as coisas são pequenas porque eles próprios são assim? (p. 53)
Nenhuma alegria é comparável à de ver uma grande alma abrir-se para nós. (p. 62)
É verdade: sou apenas um viajante, um peregrino sobre a terra! Será você algo mais do que isso? P. 75)
Tenho tanto! E o sentimento que tenho por ela devora tudo. Tenho tanta coisa, mas sem ela tudo para mim é como se nada existisse. (p. 84)
Como sabe, respeito a religião; sinto que é um conforto para as almas cansadas, um refresco para as almas sequiosas. Mas…pode ela, deve ela ser isso para todos? (p. 85)
Edição: Martin Claret, 2003