Lançado em 2023 pela editora O Grifo, In Corpa é muito mais do que um livro: é um manifesto social, artístico e cultural. É um movimento em defesa de um diálogo mais aberto e livre em relação ao corpo e à sexualidade feminina, com foco na aceitação do corpo da mulher em suas mais diversas formas, tamanhos e cores.
É uma forma de lutar contra os preconceitos impostos por uma sociedade misógina, racista, gordofóbica, homofóbica, etarista e transfóbica. Afinal, espera-se que mulheres sejam como bonecas: magras, padronizadas, sem pelos, sem cor, sem fluidos, sem voz, sem vontade própria, sem ocupar espaços que as pertencem. Mas In Corpa vem para quebrar esses tabus e expressar sem censura diferentes perspectivas das mais diversas vivências do que é ser mulher, se utilizando de textos de ficção, poemas e crônicas.
A obra conta com escritos das talentosas autoras nacionais contemporâneas, Andréa Berriell, Euler Lopes, Irka Barrios, Juliana Blasina, Juliane Vicente, Larissa Prado e Tatiana Cruz, cujos trabalhos vêm sendo reconhecidos por diversas premiações. O próprio In Corpa, inclusive, foi finalista do Prêmio AGES 2024.
Em sua maioria, os textos são breves, todos extremamente marcantes e profundos, como golpes certeiros, repletos de força e expressão. As temáticas giram em torno de questões tabu referentes ao corpo e à sexualidade feminina, como, por exemplo, a menstruação, a menopausa, o envelhecimento e seus efeitos no corpo, a flutuação de peso, a masturbação, relações sexuais e transexualidade.
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Além dos textos, a obra conta também com um ensaio fotográfico conceitual dentro da temática proposta, bem como códigos QR que oferecem acesso a performances artísticas relacionadas aos textos presentes no livro.
Uma obra de grande relevância, recomendada não apenas a mulheres (cis ou trans) e pessoas trans não-binárias que podem se identificar com algumas situações expressas nos textos, mas a todos que desejam uma sociedade mais igualitária e respeitosa e busquem escritos que despertem esses diálogos de forma mais aberta.