Em Ressuscitar mamutes, publicado pela Autêntica Contemporânea, Silvana Tavano constrói uma ponte entre literatura, ciência, tempo e memória. O romance acompanha uma mulher que revisita o passado e reinventa o futuro ao reconstruir as lembranças da mãe — da infância aos últimos dias em uma UTI — e as raras memórias do pai.
Nessa travessia, o ficcional, o científico e o ensaístico se entrelaçam em uma narrativa que percorre cenários como a ilha de Poveglia, na Itália, a Cueva de los Cristales, no México, e o Deserto do Atacama, no Chile, para questionar os limites da lembrança e da criação. Este é o segundo romance de Silvana Tavano, que, em 2022, lançou O último sábado de julho amanhece quieto – também finalista do Prêmio São Paulo. A autora também assina 45 livros infantis, muitos premiados e publicados no Brasil e no exterior.
O romance é o único livro brasileiro finalista na categoria Prosa do Prêmio Oceanos 2025, uma das mais prestigiadas premiações dedicadas à literatura em língua portuguesa. A indicação reforça o reconhecimento de uma obra que vem se destacando ao longo do ano: o livro também é finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, na categoria Romance Literário, e integrou a lista dos semifinalistas do Prêmio Jabuti 2025, no mesmo eixo, sendo o único romance a figurar nas listas dos três principais prêmios literários do mercado.
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O Oceanos reúne autores e autoras de diferentes países lusófonos. Entre os finalistas na categoria Prosa estão A cegueira do rio, de Mia Couto (Moçambique), As melhoras da morte, de Rui Cardoso Martins (Portugal), Mestre dos batuques, de José Eduardo Agualusa (Angola), e Vermelho delicado, de Teresa Veiga (Portugal).
Sobre a autora:
Escritora e jornalista formada pela Escola de Comunicações e Artes da USP, com Pós-graduação em Formação de Escritores pelo Instituto Superior Vera Cruz, de São Paulo, Silvana Tavano nasceu na capital paulista em 1957.