Um projeto inovador desenvolvido em Varsóvia, na Polônia, tem o objetivo de incentivar a leitura entre os usuários do metrô. Para isso, foi criada a Metroteka, uma biblioteca que alia um design moderno com natureza e cultura com tecnologia.
Localizada na estação de Kondratowicza, no bairro de Targówek, a biblioteca conta com 150 metros quadrados, divididos entre áreas para crianças e adultos, e um acervo de 16 mil livros de diversos gêneros literários, além de computadores portáteis e um ambiente para relaxamento.
Com um sistema de autoatendimento para empréstimo e devolução, incluindo uma máquina de livros automática que funciona 24 horas, os passageiros podem usufruir do espaço e escolher sua próxima leitura.
Como “uma verdadeira biblioteca do futuro”, a intenção é de que se torne “um centro cultural e educativo e não apenas um local onde se podem requisitar livros”, comentou a vice-diretora da biblioteca, Grażyna Strzelczak-Batkowska, ao The Guardian.
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“Todos ficaram fascinados com a instalação educativa hidropônica, ou seja, o cultivo de plantas sem solo. Na Metroteka, sente-se o cheiro do manjericão e ouve-se o som relaxante da água. Aqui, a natureza encontrou a modernidade, criando uma atmosfera de frescura e inspiração”, destacou a instituição, em comunicado.
Esse novo modelo de biblioteca pretende também estimular a troca dos smartphones por livros, já que o índice de leitores diminuiu com o decorrer dos anos, conforme pesquisa realizada pela Biblioteca Nacional da Polónia.
O diretor da Biblioteca Nacional, Tomasz Makowski, justificou, inclusive, que, na Segunda Guerra Mundial, a Polónia perdeu 70% das bibliotecas, impactando no hábito da leitura. Em decorrência disso, várias gerações não viram seus pais ou avós em contato com os livros. Outro fator também abordado é de que a leitura está mais vinculada ao ambiente educacional, como alunos, professores e bibliotecários, e menos associada à idade adulta.
Portanto, essa iniciativa, num ambiente agradável e convidativo, favorece ainda mais essa aproximação do público com os livros:
“Abrir uma biblioteca numa estação de metrô é um sonho para nós. As bibliotecas devem ser bonitas e abertas; convidativas, não intimidantes. Não são um santuário, mas sim um lugar onde se pode passar o tempo livremente, participar em discussões, consultas públicas ou conhecer pessoas”, salientou o diretor.