Saiba quais livros 7 personagens de ‘Vale Tudo’ estão lendo

Um dos hábitos dos personagens do remake da novela Vale Tudo, da TV Globo, que chamou a atenção do público foi o da leitura. Vários títulos já apareceram em cenas e algumas escolhas literárias também repercutiram nas redes sociais. Além disso, em entrevista à revista Marie Claire, a produtora de arte da novela, Carolina Pierazzo, contou quais livros foram selecionados e quais ainda vão surgir durante a trama. Pode-se supor, inclusive, que essas opções não são aleatórias. Alguns livros ajudam a entender determinados traços da personalidade ou dão pistas sobre a construção da identidade dos personagens.

Reunimos as principais obras e a sinopse de cada uma delas. Confira:

Afonso Roitman

Numa cena, o personagem apareceu lendo antes de dormir a obra “Gente Independente” do islandês Halldór Laxness, autor vencedor do Nobel da Literatura de 1955.

Sinopse: Um dos maiores épicos da literatura islandesa, ‘Gente independente’ conta a saga de Gudhbjartur Jonsson, camponês que, após trabalhar dezoito anos para o intendente de Myri, consegue dar entrada na compra de seu próprio terreno e se livra da servidão, tornando-se proprietário da Casa Estival. No espaço recém-adquirido ele passa a viver com Rosa, sua esposa, que teme as lendas sobre possíveis assombrações que infernizam a vida dos moradores do lugar.

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Leia também: Cinco livros essenciais para conhecer Simone de Beauvoir

Maria de Fátima

A vilã não é uma das maiores leitoras na trama, pois sua relação com os livros é bastante peculiar. Ela recorreu ao livro “Para ensinar e aprender xadrez“, de Adriano Caldeira, para aprender o jogo e conquistar Afonso na noite de xadrez na casa dos Roitman. Em outro momento, ela fez uma selfie com “As palavras voam“, de Cecília Meireles, para produzir conteúdo para suas redes sociais, pois tentava a carreira de influencer.

Sinopse: Os poemas deste livro foram selecionados e organizados por Bartolomeu Campos de Queirós, escritor, que como Cecília Meireles, também conhecia o encantamento que as palavras produzem. No prefácio, o poeta comenta: Movida, assim, me parece, pelo afeto e respeito que promovem a dignidade do sujeito, ela não se esqueceu do tamanho do tempo. Cecília Meireles se expressou de maneira sofisticadamente simples. Daí sua poesia se tornar propícia a todos, inaugurando vários níveis de leitura, como convém à literatura. 

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Heleninha

A herdeira da família Roitman, Heleninha, apareceu diversas vezes acompanhada de um mesmo livro: “A Elegância do Ouriço“, de Muriel Barbery.

Sinopse: À primeira vista, não se nota grande movimento no número 7 da Rue de Grenelle: o endereço é chique, e os moradores são gente rica e tradicional. Para ingressar no prédio e poder conhecer seus personagens, com suas manias e segredos, será preciso infiltrar um agente ou uma agente ou – por que não? – duas agentes. É justamente o que faz Muriel Barbery em A elegância do ouriço, seu segundo romance. Para começar, dando voz a Renée, que parece ser a zeladora por excelência: baixota, ranzinza e sempre pronta a bater a porta na cara de alguém.

Na verdade, uma observadora refinada, ora terna, ora ácida, e um personagem complexo, que apaga as pegadas para que ninguém adivinhe o que guarda na toca: um amor extremado às letras e às artes, sem as nódoas de classe e de esnobismo que mancham o perfil dos seus muitos patrões. E ainda há Paloma, a caçula da família Josse.

O pai é um figurão da política, a mãe dondoca tem doutorado em letras, a irmã mais velha jura que é filósofa, mas Paloma conhece bem demais o verso e o reverso da vida familiar para engolir a história oficial. Tanto que se impõe um desafio terrível: ou descobre algum sentido para a vida, ou comete suicídio (seguido de incêndio) no seu aniversário de treze anos.

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Celina Junqueira

Celina é a personagem que mais aparece acompanhada de livros na trama. Fazem parte do seu acervo: “A Amiga Genial“, de Elena Ferrante, “Quatro Estações em Roma“, de Anthony Doerr, “Paris, quartier Saint-Germain-des-Prés“, de Eros Grau, “A Mulher Desiludida“, de Simone de Beauvoir, “As Intermitências da Morte“, de José Saramago e “Destinos e Fúrias“, de Lauren Groff. Além de “O ano do pensamento mágico”, de Joan Didion, “Mrs. Dalloway”, de Virginia Woolf e “Jóquei”, de Matilde Campilho.

Sinopse: Duas meninas se conhecem em uma vizinhança pobre de Nápoles, na década de 1950. Elena, a menina mais inteligente da turma, tem sua vida transformada quando a família do sapateiro Cerullo chega ao bairro e Raffaella, uma criança magra, mal comportada e selvagem, se torna o centro das atenções. Essa menina, tão diferente de Elena, exerce uma atração irresistível sobre ela. As duas se unem, competem, brigam, fazem planos.

Em um bairro marcado pela violência, pelos gritos e agressões dos adultos e pelo medo constante, as meninas sonham com um futuro melhor. Ir embora, conhecer o mundo, escrever livros. Os estudos parecem a melhor opção para que as duas não terminem como suas mães entristecidas pela pobreza, cansadas, cheias de filhos. No entanto, quando as duas terminam a quinta série, a família Greco decide apoiar os estudos de Elena, enquanto os Cerullo não investem na educação de Raffaella. As duas seguem caminhos diferentes.

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Tiago Roitman

Em uma cena, o filho do vilão Marco Aurélio e Heleninha foi flagrado lendo “Crônica de uma Morte Anunciada“, de Gabriel García Márquez.

Sinopse: O narrador imediatamente sentencia: “No dia em que o matariam, Santiago Nasar levantou-se às 5h30 da manhã.” Fatalidade, destino, o absurdo da existência humana. O que explica a tragédia que se abateu sobre o protagonista de Crônica de uma morte anunciada?

Nesta trama de construção perfeita, García Márquez monta um quebra-cabeça cujas peças vão se encaixando pouco a pouco, através da superposição das versões de testemunhas que estiveram próximas a Santiago Nasar no último dia de sua vida.

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Solange Duprat

Numa das cenas mais significativas da trama, Solange está acompanhada de Maria de Fátima na praia enquanto lê “Mulheres que Correm com os Lobos“, de Clarissa Pinkola Estés. A câmara clara: Coleção Clássicos de ouro”, de Roland Barthes, obra que dialoga com a atividade de publicitária de Solange, também faz parte de suas leituras.

Sinopse: Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em ritmos artificiais para agradar aos outros.

Mas sua energia vital, segundo ela, pode ser restaurada por escavações psíquico-arqueológicas’ nas ruínas do mundo subterrâneo. Até o ponto em que, emergindo das grossas camadas de condicionamento cultural, apareça a corajosa loba que vive em cada mulher.

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Odete Roitman
A noite da espera“, de Milton Hatoum, “O impulso” de Ashley Audrain, “Os anos”, de Annie Ernaux, vencedora do prêmio Nobel de Literatura de 2022, “Capital e Ideologia”, de Thomas Piketty, “Entre o Passado e o Futuro”, de Hannah Arendt e “O segundo Sexo”, de Simone Beauvoir, são alguns títulos das leituras da personagem.

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