17 livros favoritos do escritor Ignácio de Loyola Brandão

Com um acervo de 20 mil títulos, o jornalista, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras Ignácio de Loyola Brandão abriu sua biblioteca para a visita do jornal Estadão. O primeiro episódio da segunda temporada da série Coleção de Livros divulgou recentemente suas leituras preferidas e o motivo de suas escolhas numa conversa descontraída.

O autor possui inúmeros livros publicados, entre contos, crônicas, romances e infantis, e ganhou diversos prêmios, como o Prêmio Pedro Nava (da Academia Brasileira de Letras), o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o Prêmio Jabuti em várias ocasiões e o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra em 2016. Estão entre algumas de suas obras: Zero (1974), Não verás país nenhum (1981), Cadeiras proibidas (1988), O menino que vendia palavras (2007) e muitas outras.

Confira as leituras favoritas e seus comentários:

1. Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll

“A minha madrinha me deu esse livro aos dez anos de idade, eu li e fiquei fascinado. Como é que você podia correr atrás de um coelho, o coelho ir no buraco e descobrir outro mundo? Meu pai falou assim: ‘Há possibilidade de tudo, meu filho. Pode ser que lá embaixo tenha coisas!’”

Sinopse: Uma menina, um coelho e uma história capazes de fazer qualquer um de nós voltar a sonhar. Alice é despertada de um leve sono ao pé de uma árvore por um coelho peculiar. Uma criatura alva e falante com roupas engraçadas, que consulta seu relógio e reclama do próprio atraso. Curiosa como toda criança, Alice segue o animal até cair em um buraco sem fim que mudou para sempre a literatura infantil. Mais de 150 anos depois, Alice no País das Maravilhas continua repleto de ensinamentos para aqueles que ousaram seguir o Coelho Branco até sua toca.

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Leia também: Ilustrações de 20 edições diferentes de Alice no País das Maravilhas retratam a obra com diferentes olhares!

2. Misericórdia, de Lídia Jorge

“Esse é o último livro da Lídia Jorge, uma das melhores escritoras portuguesas. Delicioso, delicioso!”

Sinopse: Residente de um lar para idosos, uma mulher registra, em um pequeno gravador de voz, o diário de seu último ano de vida. Sua filha, autora deste romance, transcreve essa memória, atribuindo-lhe força literária na forma de um condensado de incrível vitalidade, ironia, revolta e fé na vida.

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3. O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

“Outro grande romance que me influenciou muito. E a vida dele (Scott Fitzgerald) era atribulada. A vida que eu gosto era agitada assim, maluca.”

Sinopse: Esse clássico do século XX retrata a alta sociedade de Nova York na década de 1920, com sua riqueza sem precedentes, festas nababescas e o encanto das melindrosas ao som do jazz. O sol em ascensão desse universo cintilante e musical é o enigmático milionário Jay Gatsby, ao redor do qual orbitam três casais glamorosos e desencontrados, numa trama densa, repleta de intrigas, paixões e conflitos que precipitam o trágico eclipse.

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4. Uma tragédia americana, de Theodore Dreiser

“Lindo livro, eu queria ter escrito esse livro. Esse foi um romance que formou a nova literatura americana.”

Sinopse: Publicado por Dreiser no ano de 1925, a obra narra a odisséia de um jovem pobre em busca da ascensão social.

5. Este Lado do Paraíso, de F. Scott Fitzgerald

“Eu tinha uns 18 anos, 19 anos quando li e falei: esse é o livro que eu quero escrever!”

Sinopse: A obra alcançou sucesso imediato quando foi publicado originalmente em 1920. É o retrato de uma geração jovem desiludida com a guerra, conhecida como Geração Perdida. Fitzgerald foi o porta-voz de sua época, identificando-se com a juventude americana elegante e irreverente.

6. Angústia, de Graciliano Ramos

“Que concisão, que criação de personagem! E não tem uma palavra a mais. Quando eu trabalhei com o Ricardo Ramos, ele me contou: ‘meu pai dizia uma coisa que era fundamental: a palavra não foi feita para enfeitar, foi feita para dizer.’”

Sinopse: Lançado originalmente em 1936, Angústia tem como protagonista Luís Silva, funcionário público de Maceió que leva uma vida medíocre e sem grandes emoções até o dia em que se apaixona por Marina.

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7. Luz em Agosto, de William Faulkner

“Eu já li dez vezes. Faulkner foi Prêmio Nobel e ele é incrível, fez tudo no sul dos Estados Unidos, estão lá todos os problemas do sul, o problema dos negros, o problema de pais e filhos, a maldade e o ódio, está tudo aqui dentro.”

Sinopse: Em 1932, enquanto os Estados Unidos convulsionavam após a crise de 1929 e a violência racial persistia em toda sua crueldade, William Faulkner publicou um dos seus romances mais pungentes. Escrito no olho do furacão, situado num Sul arcaico, violento e marcado pela tradição oral e por uma religiosidade fervorosa e delirante, Luz em agosto pulsa com vitalidade a cada página.

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8. Viagem ao Fim da Noite, de Louis-Ferdinand Céline

“Ele recriou a língua francesa dentro desse livro.”

Sinopse: Obra-prima de Louis-Ferdinand Céline, romancista genial mas até hoje maldito, esse monumento da literatura do século XX denuncia com rara virulência o sofrimento de viver e a fragilidade da condição humana.

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9. Com a Morte na Alma, de Jean Paul Sartre

“Da minha geração, ídolo!”

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10. As Vinhas da Ira, de John Steinbeck

“Também ganhou o Prêmio Nobel. É um livro que até hoje é importante e pode ser lido no Brasil, pensando no Brasil e nisso que está acontecendo aí.”

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11. O Coronel e o Lobisomem, de José Candido de Carvalho

“Você começa a ler e não larga mais. O autor não escreveu muito, mas ele escreveu esse livro que para mim foi fundamental.”

Sinopse: Publicado em 1964, o livro conta a história de Ponciano de Azevedo Furtado, que enlouquece depois de deixar o campo pela cidade. Tudo isso, porém, numa linguagem viva, com situações que alternam o humor e o fantástico e com direito a sereias, onças, rabos de saia e – claro – o tal do lobisomem do título.

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12. Encantamentos, de Isaac Asimov

“O Asimov era um dos pais da ficção científica – eu nunca quis escrever ficção científica, eu achava que era por que tinha que ter um grande conhecimento científico. Mas esse livro dá todas as chaves.”

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13. A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera

“Livro que eu peguei pelo título, que ‘me pegou’ pelo título. E título é muito difícil de fazer. (Kundera) nunca ganhou o Prêmio Nobel, infelizmente.”

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Leia também: 5 livros para conhecer o escritor tcheco Milan Kundera

14. As Aventuras de Pinocchio, de Caio Collodi

“Eu li com 8 anos, essa versão é impressionante.”

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15. Contos Completos, de Lima Barreto

“Esse livro foi feito pela Companhia das Letras, pela Lili Schwartz. Eu não tinha lido a maioria desses contos, agora estou lendo. Lima Barreto é um dos maiores brasileiros.”

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16. Cartas a Theo, de Vicent Van Gogh

“Maravilhosa biografia. E que sujeito, não é? Fodido, perdido, desgraçado, abandonado, errado, tudo não dava certo. Cabeça ruim. E aquele pintor que hoje é considerado mesmo um dos maiores do mundo, não?”

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17. A Talentosa Patricia Highsmith, de John Schenkar

“Provavelmente uma das maiores escritoras policiais que o mundo já teve. Também é uma figura muito complexa, essa é uma biografia muito bem feita. Quando eu achei esse livro, nossa, fiquei feliz, feliz, feliz. Quando eu acho um livro bom, eu fico feliz.”

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